Fundo soberano de Angola atinge dotação de 5000 milhões de dólares

O fundo, com sede em Luanda, gere uma carteira de investimentos e activos, a distribuir gradualmente por várias indústrias e classes.

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O fundo soberano de Angola foi criado pelo executivo angolano em 2012 Paulo Pimenta

O executivo angolano concluiu a dotação inicial do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) de 5 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros), refere-se numa nota da entidade gestora.

 A informação dá conta do resultado da primeira auditoria às contas do fundo, delineando a sua posição fiscal e actividade de investimento referentes ao ano 2013.

"As demonstrações financeiras do fundo demonstram activos totais de 3,65 mil milhões de dólares a 31 de Dezembro de 2013. O auditor confirmou também que o Executivo completou recentemente a dotação inicial do FSDEA, de 5 mil milhões de dólares, com a transferência de 1,35 mil milhões de dólares em Junho de 2014", indica a informação.

Com o capital inicial "completamente transferido", o FSDEA refere estar agora "focado no desenvolvimento da sua carteira de investimento", em "conformidade com a política estabelecida pelo executivo", de "preservação do capital" com "maximização dos retornos a longo prazo e o desenvolvimento de infra-estruturas comerciais".

Além dos investimentos em activos tradicionais baseados nos "mercados mais maduros", a carteira "será crescentemente alocada a investimentos alternativos nos ramos da infra-estrutura, agricultura, mineração e imobiliário, nos mercados fronteiriços da África Subsaariana".

O fundo soberano de Angola foi criado pelo executivo angolano em 2012 para "promover o crescimento, a prosperidade e o desenvolvimento socioeconómico" do país e, de acordo com o Presidente do Conselho de Administração, José Filomeno dos Santos, o ano anterior serviu para "construir bases operacionais robustas" e "um quadro de responsabilização e de governança transparente".

"Estes alicerces fortalecem a nossa capacidade de realizar investimentos seguros e alinhados com os melhores interesses dos nossos principais beneficiários, os cidadãos nacionais", refere José Filomeno dos Santos, na mesma informação.

Com sede em Luanda, Angola, este fundo gere uma carteira de investimentos e activos, a distribuir gradualmente por várias indústrias e classes, incluindo acções públicas e privadas, obrigações, moeda estrangeira, derivados financeiros, títulos do tesouro ou fundos imobiliários, entre outros.

Citando os resultados da auditoria, a cargo da Deloitte & Touche, a gestão do Fundo indica que a carteira, em 2013, "foi maioritariamente investida em moedas e em instrumentos financeiros equivalentes a 'cash'. Os resultados auditados destacam ainda que 24 milhões de dólares (18,2 milhões de euros) "foram alocados ao desenvolvimento interno da instituição e às despesas operacionais".

"Priorizaremos investimentos em sectores tais como a infra-estrutura, que promovam o crescimento económico e ofereçam bons retornos, assim como oportunidades de emprego e renda para as comunidades onde se localizam. Esta abordagem, estimulará cadeias de abastecimento locais, que vão gerar impactos positivos no progresso económico de Angola e da região", refere José Filomeno dos Santos.

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