Rapazes detidos no Parque das Nações vão ser alvo de julgamento sumário

Dois jovens vão ser julgados na segunda-feira, acusados de resistência e coacção sobre funcionário.

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Rapazes são acusados de resistência e coacção sobre funcionário, raparigas de posse de arma branca shamila mussa

Os quatro jovens entre os 16 e os 23 anos que nesta quinta-feira foram presentes a tribunal, na sequência dos desacatos de quarta-feira no Parque das Nações, já foram libertados.

Indiciadas por posse de arma branca, duas raparigas foram ouvidas no Tribunal de Instrução Criminal, que lhes decretou termo de identidade e residência, enquanto decorre o processo. Os dois rapazes serão alvo de julgamento sumário, na próxima segunda-feira, no Tribunal de Pequena Instância Criminal. São acusados de resistência e coacção sobre funcionário.

Segundo a PSP, vários grupos de jovens da área metropolitana de Lisboa concentraram-se no Parque das Nações na tarde de quarta-feira. “Pelas 17h30, o grupo de jovens, estimado em cerca de 600 indivíduos, começou a dispersar, abandonou a Pala do Pavilhão de Portugal, preenchendo todo o passeio central da Alameda dos Oceanos, entre a Pala de Portugal e a entrada do Centro Comercial Vasco da Gama”, lê-se num comunicado desta quinta-feira.

“Grupos numerosos destes indivíduos acabaram por se envolver em alguns focos de desordem, com correrias constantes”, diz a PSP.

Duas adolescentes de 16 e 17 anos, “participantes no evento”, vieram a ser detidas por terem praticado um roubo, com recurso a arma branca, a uma menor de 15 anos. Subtraíram um telemóvel e um par de óculos.

“Repentinamente dezenas de jovens invadiram os corredores do centro comercial [Vasco da Gama] e começaram a correr desenfreadamente, entrando em algumas lojas”, prossegue o comunicado, acrescentando que, “durante a desordem, um menor de 15 anos foi agredido com uma chave de fendas, provocando-lhe uma perfuração na zona lombar”.

Cinco polícias ficaram feridos e tiveram de receber “tratamento hospitalar imediato, o que ocorreu, tendo entretanto já obtido alta”.

A direcção do Vasco da Gama já veio dizer que dentro do centro comercial não houve vandalismo, nem roubos, nem correrias — apesar de o comunicado da PSP falar de invasão dos corredores. “As correrias de que falam as notícias podem ter acontecido no exterior”, diz Pedro Bandeira Pinto, director do Centro Comercial Vasco da Gama. No exterior decorria um encontro de jovens (chamado "meet") convocado pelas redes sociais.

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