Pontal: Cavaco foi recordar, António quis protestar e Alexandra quer explicar

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António Duarte quis protestar com Passos Coelho Filipe Farinha/Stills
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Manuel Joaquim Cavaco foi recordar os tempos do PPD Filipe Farinha/Stills
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Alexandra foi uma das militantes da JSD que tentaram animar o ambiente Filipe Farinha/Stills

Três depoimentos curtos de gente que foi à rentrée do PSD, no Pontal, Algarve.

Manuel Joaquim Cavaco
Chegou de bandeira ao ombro para mostrar que o “PPD ainda está vivo”. Manuel Joaquim Cavaco, de 80 anos, desceu da serra do Caldeirão até ao mar para dizer “estou aqui”.

Acompanha as festas do Pontal desde os tempos de Sá Carneiro, quando havia sardinha assada no meio de um pinhal, próximo do aeroporto. “Isto aqui é bonito, mas no outro lado era outra coisa. O Pontal é a mãe onde nasceu esta grande festa”.

Manuel Cavaco ainda se lembra como aderiu ao então PPD. “ Foi o Artur da Cabaça, que vinha com jipe cheio de papéis, encontrou-me na bomba [de gasolina] do meu cunhado, deu-me uma ficha”. Os anos passaram, as vicissitudes politicas foram muitas, mas Cavaco mantém-se fiel às origens. “O partido mudou de nome, mas eu não mudei.”

António Duarte
“Gostava de lhe dizer cara a cara, o senhor não devia estar aqui”.  António Duarte saiu da praia de Quarteira para ir ao “Calçadão” manifestar a Pedro Passos Coelho a indignação que sentia.

O veraneante, residente em Pêro Pinheiro – Sintra, em declarações ao PUBLICO, enfatizou: “Gostava mesmo de lhe dizer: o  senhor está a prejudicar o país todo”.  Não teve oportunidade de alcançar os objectivos.  O primeiro-ministro entrou no recinto por uma porta lateral, António Duarte, ficou-se pelos lamentos, protestanto contra o corte nas pensões e o desemprego: “Ainda me considero um privilegiado, a minha pensão é de 611 euros, não foi cortada”, ironizou.

Um dos dois filhos, engenheiro de profissão, “está no desemprego há quatro anos”. O drama “atinge milhões de portugueses, e o Governo ignora o que se está a passar”.

Alexandra Pargana
As seis dezenas de “jotas” que estiveram no Pontal deram colorido a uma festa política dominada pelos mais velhos. Alexandra Pargana, presidente da JSD de Lagos, foi uma das “jotinhas” na primeira linha da mobilização. Farmacêutica, de 26 anos, mantém a convicção de que o PSD continua a mexer com a sociedade. “As coisas estão mais difíceis, mas é preciso explicar às pessoas o que se está a passar – esse é o nosso desafio”. Nas últimas autárquicas foi eleita para a Assembleia Municipal de Lagos.

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