O ébola é um problema de todos

Muitas pessoas vão morrer antes de a ciência descobrir uma resposta para o vírus do ébola, que em poucas semanas se transformou numa crise global, com 2000 infectados, dos quais 1000 morreram.

Perante a urgência, o caos e a impotência, o comité de ética da OMS decidiu que é correcto dar medicamentos ainda em fase experimental a pessoas infectadas. Há riscos, claro. Mas desde que haja transparência e consentimento, a alternativa é pior. As poucas drogas existentes foram apenas testadas em macacos e só uma foi testada em humanos mas em pequena escala. As farmacêuticas que estão a trabalhar o vírus deverão dar prioridade à doença, mas correm contra o tempo. Talvez em 2015 ou 2016 tenham medicamentos solidamente testados. Hoje, há apenas 12 doses prontas a usar. Não é claro quanto tempo precisam para fazerem mais. O mundo tem dois desafios: investir na cura e aprender com os erros africanos e levar o ébola a sério.

Sugerir correcção
Comentar