Duas manifestações contra a utilização de dinheiro público no BES convocadas nas redes sociais

Concentrações estão marcadas para sábado à tarde, em Lisboa e no Porto.

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Acções do BES fecharam nos 1,26 euros Paulo Ricca

Duas manifestações de cidadãos descontentes com a solução encontrada para o BES estão, desde o início da semana, a ser convocadas através das redes sociais. Os encontros, marcados para sábado à tarde, em Lisboa e no Porto, visam, segundos os organizadores, "protestar contra a utilização de dinheiros públicos no BES”.

As concentrações, como lhe preferem chamar os promotores, estão a ser convocadas para as 15 horas, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, junto à sede do banco, e para as 16 horas no Porto, na Avenida dos Aliados, também junto ao balcão da instituição.

Em declarações ao PÚBLICO, Isabel Pires e Vítor Lima, dois dos responsáveis pela organização da manifestação em Lisboa, garantem que movimento não está associado a partidos políticos, apesar de admitirem que há partidos a partilhar a iniciativa nas redes sociais.

Garantem também que não estão associados a grupos de accionistas do banco ou de investidores em produtos financeiros do Grupo Espírito Santo, embora admitam que possam aparecer pessoas que se sintam lesadas com a solução de divisão do BES em "banco bom" e "banco mau".

Vítor Lima sustenta que “a concentração pretende ser apenas  um protesto contra os impactos que a solução encontrada para o BES poderá ter nos contribuintes”.

“Não aceitamos mais cortes, mais austeridade ou a transferência de dinheiro público para tapar negócios feitos à nossa custa”, é uma das mensagens que está a ser veiculada nas redes sociais.

Nas concentrações será lida uma declaração, onde se refere  que “depois da experiência conhecida com o caso BPN, que custará uns 7000 milhões de euros em perda de direitos, rendimentos, emprego e emigração, torna-se mais aterradora a ligeireza com que o Governo e o BdP encaram a situação do GES/BES, enquanto a família Espírito Santo gere pacificamente o grosso do seu património registado em off-shores”.

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