O desfecho possível do caso do Meco

A notícia do arquivamento do processo do Meco foi, afinal, exagerada. Seria (e será certamente, caso venha a ocorrer no futuro) conveniente para as entidades envolvidas, desde a comissão de praxes até à própria universidade a que pertenciam as vítimas. Mas se não foi possível à polícia encontrar, ao longo de todo este tempo, o mínimo indício de crime, inclinando-se a PJ para classificar o caso como uma tragédia resultante de um acidente, fica no ar uma sensação de vazio a que é preciso dar resposta. Talvez por isso, e embora o processo não tenha sido ainda arquivado, as famílias das vítimas queiram levar o caso a tribunal. E isso significa sentar no banco dos réus não apenas o único sobrevivente da tragédia, o dux, que, na sua qualidade de expoente máximo da praxe, não chegou a dar quaisquer explicações aos pais dos seus colegas mortos, mas também a universidade a que todos pertenciam. O silêncio, aqui, não é apaziguador.

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