Com John Waters, o Queer Lisboa perfuma a rentrée

A 18.ª edição do festival começa a 19 de Setembro e inclui uma retrospectiva dedicada ao autor de Pink Flamingos.

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Polyester, de John Waters, é um filme com cheiro

Se o leitor sempre sonhou saber como é que seria ver um filme com cheiro, vai ter a sua grande oportunidade em Setembro: Polyester, a infame experiência de John Waters em que os espectadores recebiam à entrada um “cartão-raspadinha” para raspar no momento certo, é o momento alto da retrospectiva que a 18.ª edição do Queer Lisboa dedica ao realizador de Baltimore que se tornou numa estrela do circuito dos midnight movies.

Vão ser cinco filmes, mostrados primeiro na Cinemateca Portuguesa, entre 19 e 27 de Setembro, e depois na Casa das Artes, no Porto, a 3 e 4 de Outubro; entre eles contam-se ainda ainda o incontornável Pink Flamingos e o Hairspray original (com Divine e Debbie Harry).

Mas esta não vai ser a única retrospectiva do Queer 2014, que acolhe este ano 120 filmes no Cinema São Jorge, em Lisboa; António da Silva, o cineasta português radicado em Londres cujas curtas (como Julian ou Gingers) têm sido mostradas no IndieLisboa ou no Curtas Vila do Conde, vai estrear cinco filmes em exclusivo nesta edição do festival, entre as quais a versão “explícita” de Dancers . E a secção Queer Focus concentrar-se-á em África, com a exibição de uma das obras seminais do cinema local, Touki Bouki, do senegalês Djibril Diop Mambéty (homenageado num dos vencedores do Indie 2014, Mille Soleils, de Mati Diop). O programa completo será apresentado mais perto do festival, que abre a 19 de Setembro, mas para já ressalve-se ainda a edição simultânea do livro Cinema e Cultura Queer, colecção de ensaios e artigos editada por João Ferreira, director do festival, e pelo professor universitário António Fernando Cascais; e a boa notícia de que 2015 trará a primeira edição do Queer Porto. Marcar já na agenda, se faz favor. 

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