A Pierre von Kleist já não é só uma editora: em Paris também é um colectivo

A galeria parisiense 12Mail deu carta-branca à editora para uma exposição.

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ANDRÉ PRÍNCIPE

À medida que o projecto editorial se vai solidificando, a chancela Pierre von Kleist vai formando outros planetas à volta da fotografia portuguesa, nem sempre de maneira totalmente consciente ou combinada. Os livros de fotografia que vão surgindo – e já lá vão 15 desde 2009 (com mais dois a caminho, Tokyo Diaries, de André Príncipe, e The Club, de Pedro Letria) – são muitas vezes uma desculpa para mais discussão, mais frenesi e mais pessoas alerta para o despertar de um colectivo informal alicerçado em alguns dos nomes já publicados pela editora Pierre von Kleist, entre os quais os fundadores André Príncipe e José Pedro Cortes e nomes que cedo a ela se juntaram, André Cepeda e António Júlio Duarte.

Quem reparou nessa força colectiva foi a galeria parisiense 12Mail, o espaço de exposição da Red Bull França, que deu carta-branca à editora para conceber uma mostra para aquele espaço. O resultado desse desafio está em Levante (até 12 de Setembro), que, para além dos nomes já referidos, inclui trabalhos de Diogo Simões, de 24 anos, apresentado como “le kid” pelo crítico de cinema Philippe Azoury, apaixonado confesso pelo trabalho da Pierre von Kleist e consumidor compulsivo de fotolivros. O texto de apresentação de Azoury, que nomeia e descreve o trabalho de cada um, termina assim: “Eu gosto deles todos. Cada um tem os seus modos, a sua maneira atravessar a rua, de se aproximar de nós e de nos observar. Mas quando os vemos lado a lado, fazem ressurgir colectivamente aquilo que mais gosto no mundo: a possibilidade de uma vida violenta."

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