O prazer dos genros

Tenho duas filhas, a Sara e a Tristana, que me vão dando, cada vez mais, duas constantes alegrias e dois constantes amores desde o dia em que comecei a ter a sorte de conhecê-las, pouco depois de nascerem.

Tiveram estas duas amadas filhas dois filhos: o António, filho da Tristana, que tem 5 anos e o Vicente, filho da Sara, que tem 9 meses. Ambos são multiplicadores da alegria que me dão as mães deles. Nem que fossem crianças doutras pessoas e não tivessem nada a ver comigo eu gostaria à mesma das pessoas que são, da graça que têm e da companhia que fazem.

Dirão que é genético e que é natural, blá blá blá. Tal como o meu pai e a minha mãe acreditavam e me ensinaram ou se gosta de uma pessoa ou não se gosta. O sangue não só não ajuda como atrapalha. A genética é o fado ao qual, graças a Deus, fugimos sem ser preciso grande esforço.

Tanto o meu pai como a minha mãe gostaram das mães mas não dos pais. O meu pai gostava do irmão dele, porque gostava. A minha mãe não gostou muito dos irmãos dela. Foi neste contexto que fui educado a gostar de quem gostasse, fossem ou não fossem da minha família.

Assim fiz, libertado. Depois de um dia na praia com o meu neto Vicente, filho da Sara e do João e doutro na piscina com o meu neto António, filho da Tristana e do Bruno, dou por mim a dar graças a Deus pelos dois pais dos meus netos, de quem gosto com a mesma independência e paixão de que gosto dos filhos deles.

Seriam amigos à mesma. Agora são.

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