O Brasil está a confirmar a sua paixão pelo futebol. Após 56 jogos realizados, entre a fase de grupos e os oitavos-de-final do Mundial, as assistências nos estádios espalhados pelas 12 cidades-sede tornam o torneio no terceiro melhor da história em média de espectadores: 51.988. As oito partidas que restam devem reforçar esta tendência e facilmente poderá ser superado o segundo registo do ranking, verificado na Alemanha em 2006 (52.491). Complicado será bater o recordista desta lista, o Mundial dos EUA, de 1994, que encerrou com uma média de 68,9 mil espectadores por encontro. O Argentina-Bósnia Herzegovina, disputado no mítico estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, foi o jogo com maior assistência, até ao momento, com 74.738 lugares preenchidos.

No sentido inverso, a partida que levou menos público ao estádio envolveu a Rússia e a Coreia do Sul (1-1), no Arena Pantanal, em Cuiaba, com 37.603 espectadores, que preencheram, mesmo assim, 87% do estádio. De resto, apenas 11 encontros (19,6%) contabilizaram números abaixo das 40 mil presenças e todas estas partidas foram disputadas em recintos com capacidade máxima inferior a 45 mil lugares: Arena Baixada, em Curitiba (41 mil); Arena das Dunas, em Natal (43); Arena Pantanal (43) e Arena Amazónia, em Manaus (44).

Os oito recintos onde se disputaram os oitavos-de-final do Mundial receberam um total de 457 mil pessoas, numa ocupação média nos estádios de 98,5%. Este número de espectadores representa, aproximadamente, dois terços do total de público presente no último campeonato estadual do Rio de Janeiro, que envolveu 246 partidas.

Entre os três encontros disputados por Portugal, a partida frente ao Gana, no Estádio Nacional de Brasília, foi aquela que recebeu mais público, com 67.540 espectadores. Seguiram-se os jogos com a Alemanha, com 51.081 (Estádio Fonte Nova), e com os EUA, com 40.123 (Arena Amazónia). Já o Brasil-Camarões, da fase de grupos, foi a recordista dos quatro jogos já disputados pela “canarinha”, com 69.112 mil lugares ocupados no estádio da capital federal, que tem capacidade para 70 mil. Abaixo das expectativas ficou o encontro com o Chile, dos oitavos-de-final, disputado no Mineirão, em Belo Horizonte, e resolvido nas grandes penalidades. Estiveram aqui 57.714 adeptos, mas o recinto poderia acolher um pouco mais de 62 mil.

Também a partida inaugural do Mundial, que colocou frente a frente o Brasil e a Croácia, no passado dia 12 de Junho, no Arena de São Paulo, ficou aquém do esperado. A cerimónia de abertura e o jogo acolheram 62.103 mil pessoas, ficando apenas na quarta posição entre os jogos mais vistos no estádio paulistano. No topo da lista está o Argentina-Suíça, dos oitavos-de-final, com 63.255 presenças, seguindo-se o Holanda-Chile (62.996) e o Uruguai-Inglaterra (62.575). Todos superaram a primeira partida da “canarinha”.

No ranking das maiores assistências em mundiais da FIFA, depois dos EUA 1994, do Alemanha 2006 e, agora, do Brasil 2014, o campeonato do México, em 1970, ocupa a quarta posição, com uma média de 50.124. O Mundial da África do Sul, disputado há quatro anos, surge no quinto lugar, com 49.670 espectadores por encontro.