Conselho superior do GES reúne-se de emergência

Reunião visa resolver impasse à volta do grupo.

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Morais Pires,o nome indicado para substituir Ricardo Salgado, suscita reservas ao BdP Foto: Enric Vives-Rubio

O conselho superior do grupo Espírito Santo (GES), no qual estão representados os cinco ramos da família, deverá reunir-se nas próximas horas para se pronunciar sobre o actual impasse que se vive no grupo, que enfrenta graves problemas financeiros e com dívidas a vencer nos próximos dias.

Em causa está também a futura liderança do BES, o principal activo, já que, sendo o accionista principal (com 25,1%), a família terá uma palavra determinante sobre a escolha do presidente executivo que vai substituir Ricardo Salgado. O banqueiro já anunciou que renunciava ao cargo. A indicação de Morais Pires, o administrador financeiro do BES, escolhido pela ESFG, holding que detém a posição na instituição financeira, para ocupar a cadeira de Salgado terá colocado reservas ao Banco de Portugal (BdP).

As indicações que têm vindo a público apontam para o facto de o BdP estar a forçar a ESFG a avançar com outro nome  (falando-se em Joaquim Goes), pois Amílcar Morais Pires é arguido num processo de mercado.

Em cima da mesa pode estar também a escolha de uma figura da família que não seja Salgado, que  esteve à frente do GES, para liderar o novo conselho estratégico do BES (um órgão não estatutário). O grupo é acusado de ter apresentado às autoridades contas adulteradas.

Será em todo o caso difícil ao BdP impedir que a família Espírito Santo não se faça representar no novo conselho estratégico, que irá a votos a 31 de Julho na assembleia geral marcada para essa data.

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