Cerca de 3200 ocorrências de fogo desde o início deste ano

Distrito do Porto foi o que registou maior número de incêndios.

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Do total de fogos registados, perto de 1.000 ocorreram à noite. Enric Vives-Rubio

O total de ocorrências de fogo desde 1 de Janeiro em Portugal foi de 3.180, um número "ligeiramente inferior" aos 3.534 registados em igual período de 2013, anunciou nesta terça-feira o responsável da Autoridade Nacional da Protecção Civil.

José Manuel Moura considerou os primeiros seis meses deste ano "uma fase calma" a nível de incêndios, referindo que arderam 5.591 hectares contra os 4.513 hectares ardidos no mesmo período de 2013. Uma diferença que disse não ser "significativa".

O comandante operacional nacional da ANPC falava numa conferência de imprensa de balanço dos incêndios que deflagraram desde o início do ano, que engloba as fases Alfa e Bravo - esta última terminada na segunda-feira - e os meios disponíveis para a fase Charlie, que se prolonga de hoje a 30 de Setembro.

Das 3.180 ocorrências de fogo registadas desde 1 de Janeiro, 1.630 verificaram-se na fase Alfa (de 1 de Janeiro a 14 de Maio) e 1.550 na fase Bravo (de 15 de Maio a 30 de Junho).

No que respeita a distritos, o do Porto foi o que registou maior número de incêndios, indicou. Do total de fogos registados, perto de 1.000 ocorreram à noite, disse José Manuel Moura, acrescentando que, em termos globais, 75,3% das ocorrências foram diurnas. Nos primeiros seis meses deste ano, 24,7% das ocorrências foram nocturnas enquanto em igual período de 2013 a percentagem de ocorrências nocturnas foi de 40%, disse.

O fogo "mais complicado" este ano foi o que deflagrou a 15 de Junho em Aboadela, no concelho de Amarante (distrito de Porto), que mobilizou 289 operacionais, 91 veículos, cinco meios aéreos e que consumiu 840 hectares, referiu. Quanto ao número de missões efectuadas por meios aéreos, na fase Bravo foram 328, tendo-se verificado uma taxa de sucesso de ataque inicial de 97,4%.

Relativamente à Fase Charlie, considera a mais complicada da época de fogos, o responsável da ANPC lembrou que serão mobilizados 9.697 operacionais (mais 307 elementos e mais 51 viaturas que em 2013), 2.027 veículos e 49 meios aéreos, além dos 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR, conforme o constante no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

"Hoje passamos a ter o dispositivo na sua plenitude", indicou José Manuel Moura, ao mesmo tempo que apelou "aos 10 milhões de portugueses" para manterem comportamentos que evitem o fogo "porque esta é uma luta de todos".

 

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