Banco Central da Bulgária diz que o sistema bancário do país está sob ataque

Clientes fazem fila para levantar dinheiro, depois de circularem notícias sobre a falta de solidez da banca.

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Clientes em fila à porta do First Investment Bank, em Sofia Stoyan Nenov/Reuters

Depois de ter assumido na semana passada o controlo de um banco em dificuldades financeiras, o Banco Central da Bulgária afirmou nesta sexta-feira estar em curso uma ataque para destabilizar o sistema bancário do país, referindo-se aos rumores que já levaram a uma pequena corrida aos depósitos.

O banco central disse que usaria todos os recursos para salvaguardar o dinheiro dos depositantes e que iria agir contra os que estão a disseminar “rumores falsos e mal-intencionados”. 

As notícias que circulam sobre a falta de liquidez do sistema bancário têm afectado sobretudo o First Investment Bank, o terceiro maior do país, cujas acções afundaram 23% na manhã desta sexta-feira e cujos clientes estão a fazer fila em algumas agências para levantar dinheiro. 

Na semana passada, o banco central teve de intervir para evitar a insolvência do Corpbank, a terceira instituição bancária da Bulgária. Mas assegura que o problema é isolado.

A agência de notação Fitch também minimizou a possibilidade de contágio e bancos estrangeiros já vieram dizer que as operações que têm na Bulgária não estão em risco. O Corpbank teve de suspender os pagamentos, mas afirmou que vai retomar na segunda-feira o funcionamento normal.

O Governo também já interveio. O primeiro-ministro, Plamen Oresharski, afirmou publicamente não haver razões para preocupações e o ministro do Interior, Tsvetlin Yovchev, anunciou uma investigação para descobrir a origem das notícias que correm sobre a instabilidade dos bancos.

Na capital, Sofia, a agência Reuters testemunhou filas de algumas dezenas de pessoas em algumas agências bancárias e em caixas automáticas. “Disseram-me para vir aqui e levar o meu dinheiro embora”, explicou à Reuters uma mulher de 32 anos, que não quis ser identificada. “Espero que não nos fechem a porta na cara.”

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