Comunidade chinesa foi a que mais aumentou em Portugal em 2013

As únicas comunidades estrangeiras que aumentaram em Portugal foram a chinesa e guineense, segundo um relatório do SEF. Ainda assim, a comunidade brasileira continua a mais representativa em Portugal.

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Comunidade chinesa cresceu 6,8% em relação a 2012 Paulo Pimenta

Os chineses foram a comunidade estrangeira residente em Portugal que mais cresceu em 2013, tendo aumentado 6,8% em relação a 2012, totalizando 18.637 imigrantes, segundo um relatório do SEF apresentado nesta segunda-feira.

Além dos chineses, os naturais da Guiné-Bissau também aumentaram em 2013, tendo esta comunidade crescido 0,5% no ano passado em relação a 2012, residindo 17.846 guineense em Portugal.

O Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA), divulgado na cerimónia que assinalou os 38 anos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), indica que as únicas comunidades estrangeiras que registaram um aumento do número de residentes em Portugal foram a chinesa e guineense.

O relatório avança que a população estrangeira residente em Portugal diminuiu 3,8% em 2013, totalizando 401.320 imigrantes com título válido de residência.

Para esta redução contribuiu os 13.502 brasileiros que abandonaram o país em 2013, refere o SEF, explicando que esta diminuição está relacionada com “a aquisição da nacionalidade portuguesa, a alteração de fluxos migratórios e o impacto da actual crise económica no mercado laboral”.

No entanto, a comunidade brasileira continua a ser a mais representativa em Portugal, onde residem 92.120, seguindo-se a oriunda de Cabo Verde (42.401), Ucrânia (41.091), Roménia (34.204), Angola (20.177), China (18.637), Guiné-Bissau (17.846) e Reino Unido (16.471).

O RIFA 2013 salienta que se verificou no ano passado “uma redução da representatividade da população estrangeira oriunda de países de língua portuguesa”, nomeadamente da brasileira (23%), cabo-verdiana (10,6%) e angolana (5%).

O mesmo documento indica também que o número de novos títulos de residência emitidos diminuiu 13,7 por cento.

As 33.246 novas autorizações de residências concedidas em 2013 incidem no reagrupamento familiar (7.156) e certificados e cartões de nacionais e familiares de cidadãos da União Europeia (15.238).

O SEF destaca ainda que recebeu, no ano passado, 30.130 pedidos de atribuição da nacionalidade portuguesa, mais 1,4% em relação a 2012, tendo sido emitidos 27.771 pareceres positivos e 982 negativos.

A maioria dos estrangeiros que querem ser portugueses são oriundos do Brasil, Cabo Verde, Angola e Ucrânia.

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