Ricardo Costa foi o melhor numa equipa longe do seu melhor

Avaliação dos jogadores portugueses.

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Ricardo Costa evitou um golo americano e foi o mais tranquilo na defesa portuguesa Francisco Leong/AFP

Beto (nota 6 em dez)
No seu primeiro jogo oficial na selecção, sofreu dois golos, mas sem qualquer responsabilidade. Esteve seguro no que pôde fazer, destacando-se a defesa num remate de Clint Dempsey que adiou o golo do empate dos EUA (18’). No golo de Jones nada podia fazer, no de Dempsey estava desacompanhado.

João Pereira (5)
Aos 26’, resolveu um problema difícil criado por um mau passe de Nani, mas a verdade é que pouco deu à equipa a nível ofensivo. Fez uma exibição retraída, sem impetuosidade na frente.

Bruno Alves (5)
Demorou a entender-se com as desmarcações de Dempsey antes de estabilizar no centro da defesa, mas o lance que marcou a sua exibição foi o do segundo golo dos EUA: a sua demora a levantar-se colocou Clint Dempsey em jogo e Portugal pagou caro por isso numa altura em que tentava chegar ao triunfo. Soma 74 jogos na selecção e está a um de igualar Ricardo Carvalho como o segundo defesa mais internacional por Portugal.

Ricardo Costa (7)
Foi o melhor jogador de Portugal e os golos sofridos também não passaram por si. O lance mais decisivo aconteceu aos 55’, ainda com a selecção nacional na frente do marcador, quando salvou um remate em cima da linha de baliza de Bradley, já com Beto fora do lance. Mas já antes se tinha destacado como o mais sereno e incisivo numa defesa que não fez um bom jogo, sendo chamado a resolver vários problemas. Cinco das suas 21 internacionalizações foram cumpridas em Mundiais. Acção importante sobre Dempsey, aos 27’. O norte-americano preparava-se para alvejar com perigo a baliza de Beto, mas o central interceptou o remate.

André Almeida (5)
Foi lateral-direito nos dois últimos jogos de Portugal na qualificação, na fase de grupos, mas as circunstâncias levaram-no a ser adaptado a lateral-esquerdo no Brasil. Sofreu com a falta de apoio para fechar o seu corredor, aquele em que os EUA foram mais perigosos. Equilibrou a sua actuação quando recebeu ajuda dos médios. Mas foi mais um atleta da selecção a sair do jogo por problemas físicos.

 Miguel Veloso (5)
Teve acção importante no primeiro golo de Portugal. Primeiro foi ele que avançou no terreno com a bola e depois é dele a tentativa de centro, que o central Cameron corta de maneira defeituosa para os pés de Nani. Já como defesa-esquerdo, na segunda metade, desfez um contra-ataque perigoso dos EUA (52’), mas também sentiu problemas para travar os ataques do adversário.

Raul Meireles (5)
O seu momento poderia ter chegado aos 66’, quando esteve perto de recolocar Portugal em vantagem, mas Tim Howard defendeu o seu remate. Não esteve bem a fechar no lado esquerdo do meio-campo e, desinspirado, foi substituído quando Paulo Bento tentou arriscar mais.

João Moutinho (5)
Chegou às 70 internacionalizações neste jogo. Esteve certo no passe, mas faltou uma daquelas suas assistências bem medidas para lançar um contra-ataque perigoso. Não conseguiu empurrar a equipa para a frente. Não ajudou a “equipa das quinas” a ganhar o duelo do meio-campo.

Nani (6)
Marcou o terceiro golo mais rápido de sempre de Portugal num Mundial e ainda atirou ao poste na primeira parte, período em que alternou coisas boas com algumas perdas de bola descuidadas. Mas foi sempre um dos homens com vontade e capacidade para levar a bola até à área dos EUA.

Cristiano Ronaldo (6)
A selecção precisa dos golos de Ronaldo, mas foi com uma assistência quando já poucos acreditavam na capacidade da selecção chegar ao empate que a ajudou a manter algumas hipóteses de seguir até aos oitavos-de-final. Aos 42’, fez uma boa assistência para Nani num lance de contra-ataque e 20 minutos depois foi ele próprio a finalizar, mal, um. Esteve mais participativo, mas voltou a não fazer a diferença.

Hélder Postiga (sem nota)
A 70.ª internacionalização de Postiga (e o quarto jogo em Mundiais) não foi, a nível pessoal, para recordar. O jogo de estreia neste Mundial durou para ele apenas 16 minutos, pouco tempo para conseguir ser um factor no jogo. Foi mais um jogador português a sofrer uma lesão durante o encontro e a obrigar Paulo Bento a gastar uma substituição.

Éder (5)
Voltou a entrar cedo devido à lesão de um colega. Não conseguiu ser um factor de desequilíbrio a favor de Portugal, mostrando descoordenação com Cristiano Ronaldo. Esteve perto do 2-0 aos 45’, mas Tim Howard fez uma grande defesa.

William Carvalho (5)
Entrou ao intervalo e ajudou, de início, a dar mais poder de choque e presença ao meio-campo português, algo que tinha faltado ao sector na primeira parte.

Varela (6)
Parecia que Varela iria passar despercebido na sua 25.ª internacionalização, mas apareceu no sítio certo para evitar a eliminação de Portugal. Até então, não tinha conseguido superiorizar-se à defesa norte-americana.

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