Associação de Professores de Português prevê subida da média no exame do 9.º ano

A dirigente da Associação de Professores de Português (APP), Edviges Ferreira, disse nesta terça-feira que o exame nacional da disciplina feito pelos alunos do 9.º ano é “objectivo, coerente e adequado, quer ao nível etário quer aos conteúdos do programa”. “Agora, sim, se as classificações não subirem em relação às do ano passado será preocupante”, disse, numa alusão à alegada falta qualidade da prova de 2013, quando as médias caíram de 53% (em 2012) para 47%.

Um ano depois de a média de os resultados do exame de Português do 9.º ano terem sido os piores de sempre, a dirigente da APP saúda a objectividade, coerência e adequação da prova e avisa que "será preocupante" se as classificações não subirem .

A novidade de o exame não incluir qualquer pergunta sobre Os Lusíadas, de Luís de Camões ou O Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, “não choca” a dirigente da APP, apesar de aqueles conteúdos "terem ocupado professores e alunos durante a maior parte do ano lectivo”. “Pode ser um bocadinho frustrante para os professores, mas é muito mais importante a coerência da prova, a sua adequação ao programa e o facto de as perguntas estarem formuladas em termos adequados”, frisou. <_o3a_p>

Ressalvando que a APP divulgará um parecer mais preciso depois de conhecer os critérios de correcção, ainda nesta terça-feira, Edviges Ferreira sublinhou que "a qualidade do exame é semelhante à das provas do 4.º e 6.º anos", realizadas este ano com melhores resultados do que no ano passado. Disse-se convencida, em relação ao exame nacional do 9.º, de que “a média das classificações vai subir significativamente e regressar aos níveis normais”.<_o3a_p>

Em 2013, Português a teve o pior resultado em nove anos de exames nacionais do 9.º ano, que se estrearam em 2005: a média caiu de 53% para 47%. Antes só tinha sido negativa em 2006 e mesmo assim mais alta – 49%. No parecer divulgado nessa altura, a APP previu os maus resultados e manifestou perplexidade face às questões de gramática propostas, por o seu grau de exigência ser "mais elevado" do que o das questões do exame de Português do 12.º ano. "Apesar de estar dentro do programa, a prova tinha inúmeras ambiguidades e obrigava a um nível de concentração que não é exigível a alunos daquela idade", analisou na altura Edviges Ferreira, que considerou que a qualidade de ensino e de aprendizagem não poderia “ser medida pelos resultados dos exames” de 2013. 

Fizeram nesta terça-feira o exame nacional de Português do 9º ano cerca de 105 mil alunos que na próxima segunda-feira regressam às escolas para fazer a prova de Matemática. As notas nestas provas, que serão conhecidas no dia 14 de Julho, terão um peso de 30 % na classificação final das respectivas disciplinas. 

<_o3a_p>

<_o3a_p>

Sugerir correcção
Comentar