Bienal de Gravura do Douro homenageia Bartolomeu Cid dos Santos

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O pintor e professor Bartolomeu Cid dos Santos (1931-2008) vai ser homenageado na 7.ª edição da Bienal Internacional de Gravura do Douro, que decorre de 10 de Agosto a 31 de Outubro. Uma exposição com três dezenas de obras suas, provenientes das colecções da Galeria 111 e do Centro de Arte Manuel de Brito, será apresentada no Museu do Douro, na Régua. E António Canau, que foi seu aluno em Londres, na Slade School of Fine Art, e fez o doutoramento em Arquitectura precisamente com uma tese sobre a obra de Bartolomeu Cid dos Santos, intitulada Desenhar com ácidos, fará uma conferência a revisitar aquela que foi uma das grandes figuras da gravura em Portugal.

Esta é a parte central do programa da próxima edição da bienal, que vai expor 1.200 obras de 530 artistas vindos de 70 países. Entre estes, anotem-se as mostras individuais também de António Canau, do japonês Tomiyuki Sakuta, do holandês Herman Noordermeer e do canadiano Michael Besant. Noutras iniciativas do programa, Silvestre Pestana dirige uma galeria pública de artes digitais, enquanto o brasileiro Adriano Castro faz uma conferência sobre a situação actual desta disciplina no seu país, e o porto-riquenho Fernando Santiago dirige um workshop sobre gravura não tóxica.

À imagem das edições anteriores, o programa de exposições vai estender-se pelos vários municípios da região do Douro, desde a localidade sede da bienal, Alijó, até Vila Real, Régua, Lamego, Favaios, Sabrosa e Salzedas. Mas o director da iniciativa, Nuno Canelas, queixa-se da falta de apoios. “A Bienal do Douro está prestes a arrancar e até agora só tivemos um apoio financeiro de mil euros!, esforçadamente atribuídos pela Fundação Côa Parque. Parece surreal, mas é a pura verdade”, lamenta o também curador do Núcleo de Gravura de Alijó, adiantando que o orçamento previsto da iniciativa deverá aproximar-se dos 65 mil euros.

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