O recreio público ou uma outra história da arte

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Petersen Erik/Polfoto

Uma selecção de obras que mostra como “o elemento lúdico, entendido como estratégia criativa, convive com questões de maior dimensão relacionadas com o público”, nota o comunicado de apresentação da iniciativa do museu madrilenho

O recreio público como “espaço de jogo, ensaio e aprendizagem” e uma oportunidade para reflectir sobre como “os espaços públicos têm sido reclamados e definidos através de práticas colectivas, como o Carnaval, outras manifestações festivas ou ocupações temporárias de parques e espaços marginais das cidades”. É este o programa de Playgrounds. Reinventar a praça, a nova exposição no Museu Rainha Sofia, em Madrid, inaugurada esta semana e que vai decorrer até 22 de Setembro.

A exposição reúne cerca de três centenas de obras – pintura, escultura, instalação, fotografia, artes gráficas, vídeo, cinema e documentação vária – de artistas como Goya e Cartier-Bresson, Jean Vigo e Vito Acconci, Fernand Léger e Xabier Rivas, Alberto Giacometti e Lina Bo Bardi... Uma selecção de obras que mostra como “o elemento lúdico, entendido como estratégia criativa, convive com questões de maior dimensão relacionadas com o público”, nota o comunicado de apresentação da iniciativa do museu madrilenho.

São comissários de Playgrounds. Reinventar a praça Manuel Borja-Villel, Teresa Velázquez e Tamara Díaz, apoiados por um comité científico que ajudou a seleccionar e contextualizar as obras, que espelham diferentes épocas, linguagens, estéticas e usos.

Trata-se de uma exposição que “conta uma outra história da arte, desde o final do século XIX até à actualidade, em que a obra de arte contribui para a definição do espaço público explorando a cidade como um tabuleiro de jogo”. E que quer deixar no ar “uma interrogação ideológica” sobre a realidade presente, em que a cidade é também espaço de alienação e consumismo.

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