António Costa: PS tem que converter "maioria do contra" em "maioria de Governo"

Autarca e candidato à liderança socialista diz que o partido tem de se afirmar como a "solução de Governo".

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Costa diz que a luta pela liderança no PS "vai ajudar a fortalecer" o partido Miguel Manso

António Costa defendeu este sábado que o PS tem de se ser capaz de converter a actual "maioria do contra" o Executivo de Passos Coelho numa "maioria de Governo". O presidente da câmara de Lisboa e candidato à liderança socialista considerou que a luta pela direcção do partido "vai ajudar a fortalecer" o PS e "pôr termo à conflitualidade" entre o Governo e o país.

O socialista, que falava em Barcelos num encontro com militantes e simpatizantes do partido, afirmou que "os portugueses estão à espera que o PS revele um suplemento de confiança, uma energia motivadora, uma capacidade de agregação como alternativa de Governo desta grande maioria do contra que já existe".

António Costa sublinhou que "existe uma maioria de oposição ao actual Governo que extravasa em muito as fronteiras políticas tradicionais". "Hoje, na oposição a este Governo não estão só os socialistas e os que estão à esquerda do PS. Estão, também, muitos dos que tradicionalmente estão à nossa direita, muitos que são eleitores tradicionais do PSD e que se sentem definitivamente desiludidos com um partido que rompeu com a sua história e com o seu projecto e em quem não querem mais confiar", acrescentou.

Para o autarca, o PS tem de se afirmar como a "solução de Governo" e não como uma parte da solução. "Os portugueses desejam que tenhamos a ambição de dizer: a solução de Governo é o PS".<_o3a_p>

Costa aguarda por regras do debate para eleições internas<_o3a_p>
O candidato à liderança socialista não avança se vai aceitar um possível frente-a-frente com António José Seguro, preferindo sublinhar que está à espera que o partido "defina as regras" do debate para as eleições internas.

"Aguardo que o partido defina as regras do debate, como elas vão ser feitas, no momento próprio. E na altura debateremos", disse, um dia depois de ter sido desafiado pelo secretário nacional do PS António Galamba a participar em debates. <_o3a_p>

Em silêncio sobre a participação num frente-a-frente, António Costa mostrou-se certo que a luta pela liderança no PS "vai ajudar a fortalecer" o partido e "pôr termo à conflitualidade” que existe deste “Governo com todo o país”.<_o3a_p>

Numa resposta ao vice-presidente do PSD Marco António Costa, que na sexta-feira apelou para que "a disputa interna" no PS "não prejudique o sentido mais responsável da política nacional", Costa afirmou que "factor de instabilidade é o impasse em que o Governo se colocou, não tendo soluções para o país que não seja discutir se vai aumentar impostos ou se vai cortar outra vez salários e pensões”. “Nenhuma destas soluções dá futuro a Portugal”, reforçou.

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