280 agentes passam para policiamento com fecho de esquadras em Lisboa

Já foram encerradas três esquadras da PSP, devendo fechar mais quatro durante o mês de Julho.

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O alerta para o incidente foi dado às 12h47 Rita Chantre

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, avançou nesta quarta-feira que cerca de 280 polícias da PSP de Lisboa vão deixar os serviços administrativos e passar a fazer policiamento na rua, no âmbito da reorganização das esquadras em curso.

“Ela [a reorganização] é muito importante, não porque do ponto de vista do Ministério da Administração Interna seja relevante a poupança que se faz com as instalações que encerram, mas o que conta é que em Lisboa, no fim da reorganização, vamos ter na actividade operacional cerca de 280 polícias a mais, que são subtraídos à actividade administrativa”, disse Miguel Macedo, no almoço-debate promovido pela Internacional Club of Portugal.

O ministro adiantou que, em Lisboa, já foram encerradas três esquadras da PSP, devendo fechar mais quatro durante o mês de Julho.

“Até ao final do ano, vamos sucessivamente por fases terminar este reajustamento em Lisboa”, sublinhou.

No total em Lisboa vão encerrar 14 esquadras e abrir seis novas.

No almoço-debate com o tema “Políticas de Segurança”, Miguel Macedo acrescentou que também no Porto foram encerrados um conjunto de postos de informação da PSP.

O ministro frisou que a reorganização do dispositivo policial em curso nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto já estava prevista há mais de 10 anos, mas “não se concretizou”.

“Percorremos um caminho de forte interacção com as autarquias locais por forma a afastar todos aqueles que eram problemas que pudessem impedir, dificultar, complicar a concretização desta reforma no terreno”, sustentou.

O ministro disse também que “os constrangimentos orçamentais não impediram a realização, até ao momento, de mais de 50 obras que estão em curso” em instalações das forças de segurança, que acumularam “degradação ao longo das últimas quatro décadas”.

“Sendo a segurança interna uma área quase totalmente subtraída a comparticipação de fundos comunitários, não se procedeu como devia a uma descriminação positiva nos orçamentos de investimento para este sector”, afirmou, sublinhando que “o resultado foi inexorável”.

Nesse sentido, defendeu que é “necessário continuar, nos próximos anos, de forma planeada e eficaz o esforço de investimento neste domínio para recuperar a degradação alcançada”.

 

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