Japão apresenta primeiro robô pessoal que lê emoções humanas

Pepper vai estar disponível para comercialização em Fevereiro de 2015, no Japão, por 1400 euros.

Pepper com o presidente-executivo da SoftBank
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Pepper com o presidente-executivo da SoftBank Issei Kato/Reuters
O robô durante a sua apresentação
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O robô durante a sua apresentação Toru YAMANAKA/AFP
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Issei Kato/Reuters

O Softbank, o gigante nipónico dos telemóveis, apresentou nesta quinta-feira a sua mais recente novidade em robótica, o Pepper, o primeiro robô pessoal que lê emoções, através da análise de gestos, expressões e tons de voz. O seu lançamento no mercado está previsto para Fevereiro do próximo ano, no Japão, por cerca de 198 mil ienes (1400 euros).

Com cerca de 1,2 metros de altura e 28 quilos de peso, o Pepper é um produto que resulta da parceria da SoftBank e Aldebaran, empresa francesa considerada líder mundial em robôs humanóides, e vai estar acessível, pela primeira vez, ao público em duas lojas da empresa de telemóveis, onde poderá ser feito o primeiro contacto com protótipos.

O Pepper — com quem, segundo as duas empresas, as pessoas poderão comunicar “como fazem com os amigos e família” — está equipado com a mais recente tecnologia de reconhecimento de voz, de leitura de gestos e de emoções através da análise de expressão e tons de voz. Estas leituras são feitas por sensores e funções de reconhecimento de emoções. O robô pode ainda adquirir vários tipos de informação e sincronizar-se com bases de dados em cloud (nuvem) através da ligação à Internet. Tem uma autonomia de 12 horas.

Além da tecnologia que compõe o Pepper, a SoftBank promete um robô que sabe contar piadas, dança e entretém os humanos com várias actividades. Até à sua comercialização, para já apenas no Japão, a empresa prevê integrar mais aplicações no robô para desenvolver as suas capacidades, que deverão ser apresentadas em Setembro, durante o Tech Festival, em Tóquio.

O presidente-executivo da SoftBank, Masayoshi Son, afirma que o Pepper é o resultado da visão da empresa de “desenvolver robôs afectuosos que fazem as pessoas sorrir”. Na apresentação do novo equipamento, Masayoshi Son sublinhou que, “pela primeira vez na história humana, estamos a dar um coração e emoções a um robô”. O presidente-executivo da Aldebaran, Bruno Maisonnier, considera, por sua vez, que o “robô emocional irá criar uma nova dimensão nas nossas vidas e novas formas de interagir com a tecnologia”.

O mercado japonês de robótica é um dos maiores do mundo. Segundo dados citados pela BBC, estima-se que em 2012 tivesse um valor de 860 mil milhões de ienes (6,1 mil milhões de euros).

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