O homem, de 39 anos, detido quarta-feira e suspeito de ter esfaqueado mortalmente a mulher, médica dentista, em Lisboa ficou em prisão preventiva depois de ter sido ouvido esta quinta-feira por um juiz de instrução criminal, adiantou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Ficou em prisão preventiva por fortes indícios da prática do crime de homicídio qualificado o arguido que, ontem [quarta-feira], cerca das 9h45, provocou voluntariamente a morte da cônjuge quando ela se encontrava no seu local de trabalho, numa clínica dentária sita nesta cidade, na rua Augusta”, esclareceu a PGR.

A procuradoria explicou ainda que o crime de que foi indiciado foi qualificado de “agravado” — com uma moldura penal a aplicar eventualmente superior —, “tendo em conta as circunstâncias de especial perversidade, a relação conjugal entre ambos, a crueldade com que foi praticado com o uso de uma faca, o aproveitamento da fragilidade da vítima sua mulher e os motivos passionais determinantes desta actuação criminosa”.

De acordo com o Instituto Nacional de Emergência Médica, a mulher foi vítima de um múltiplo esfaqueamento no tórax e nos braços. À chegada da ambulância, a vítima encontrava-se em paragem cardiorrespiratória, pelo que foram realizadas, sem sucesso, manobras de suporte básico de vida com desfibrilhador.