Jovens debatem no Parlamento a crise demográfica

Jovens deputados do ensino secundário das escolas de todo o país, regiões autónomas e dos círculos fora da Europa debateram estes dois dias na Assembleia da República o tema Crise Demográfica: emigração, natalidade, envelhecimento.

O programa Parlamento dos Jovens, promovido pela Assembleia da República e organizado em colaboração com outras entidades, contou com a presença de 130 estudantes eleitos nas escolas secundárias de todo o país. Segundo uma nota do Parlamento, este programa procura incentivar o interesse dos jovens pela participação cívica e política

A Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens do Ensino Secundário sobre o tema Crise Demográfica: emigração, natalidade, envelhecimento foi trabalhada durante todo o ano lectivo e contou com a presença de deputados de vários partidos da Assembleia da República.

Nesta sessão, após um período de perguntas aos deputados de todos os grupos parlamentares foram propostas 20 medidas pelas comissões das quais apenas 10 podem ficar em recomendação à Assembleia da República.

No período de perguntas, a percentagem de abstenção das eleições europeias foi o enfoque principal por parte dos jovens deputados. Pedro Pimpão, secretário da direcção do grupo parlamentar do PSD, vê a abstenção como um livro com muitas leituras, não só pela parte da descrença da população, como referia a pergunta feita pelo círculo dos Açores, mas sim como a falta de interesse em participar ou simplesmente por não se reverem nas políticas discutidas.

Questionada sobre a credibilidade dos deputados ali presentes, tendo em conta “que a soma dos votos nulos e brancos e da abstenção representa uma maioria mais do que absoluta”, Isabel Moreira, deputada do PS, defende-se dizendo que é “apenas deputada das decisões” nacionais e que “a distância de nacionais é maior do que a das europeias”.

O BE diz que “a palavra dos jovens não funciona só aqui [nestas sessões] ”, concluindo que pegam nas propostas mas que “o sistema não é perfeito”.

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