CDU acusa o PS de participar numa política de sentido único com o PSD e o CDS

João Ferreira em campanha em Beja.

Foto
João Ferreira e Jerónimo de Sousa esta segunda-feira em Lisboa DR

O cabeça de lista da CDU às próximas eleições para o parlamento europeu endereçou na noite desta quarta-feira em Beja, perante duas centenas de apoiantes, duras críticas aos socialistas pela sua participação na “política de sentido único” que ao “longo dos últimos 37 anos” praticou junto com o PSD e o CDS “nas maiorias que têm governado o país ou no parlamento europeu”.

João Ferreira vincou a sua intervenção no comício que a coligação realizou nos bombeiros voluntários de Beja, de constantes observações ao comportamento dos socialistas, marcado pelas “meias tintas ou pelas abstenções violentas” acusando-os de permanecerem “sentados à espera para ver para onde sopra o vento” para, “no essencial fazerem o mesmo” que o actual Governo.

O sinal de sentido único nas opções dos eurodeputados do PS,PSD e CDS, revela-se igualmente no parlamento europeu “aceitando as imposições e as submissões aos poderosos da Europa” critica João Ferreira comparando com “a autoridade singular” dos comunistas expressa na “coerência” de não querer o país governado a partir de Bruxelas, de Berlim ou de Frankfurt.

João Ferreira recordou os alertas sistemáticos lançados pela CDU quando da entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia “contra as promessas e as mentiras dos fundos comunitários”.

A lógica que presidiu no recurso aos subsídios veio a revelar-se determinante para a “destruição” do aparelho produtivo nacional, frisou o candidato comunista, explicando que “os fundos entravam para sair logo a seguir destinados à compra no estrangeiro os bens e os serviços que deixávamos de produzir”.

A “política de verdade” assim definida estendeu-se posteriormente nos avisos contra as promessas do euro, e as consequências da liquidação de uma política monetária e cambial, cujas consequências vieram colocar em causa “ a soberania do nosso país” e colocou no poder um Governo que “nos levou à pior recessão que enfrentamos desde a 2ª Guerra Mundial” assinalou João Ferreira.

“Um Governo que nos voltou a confrontar com realidades que julgávamos há muito ultrapassadas”: a fome volta a estar nas escolas e lares como nos tempos negros do fascismo, comparou o candidato da CDU, força política que espera vir eleger três eurodeputados.

Sugerir correcção
Comentar