Entre Santos Populares e jogos do Mundial, vai acontecer a Feira do Livro de Lisboa

A Feira do Livro de Lisboa tem novos pavilhões e quer chegar ainda a mais pessoas.

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A APEL substituiu os pavilhões da feira Sandra Ribeiro
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João Alvim está confiante com a edição deste ano Sandra Ribeiro

A “grande festa do livro”, que é a Feira do Livro de Lisboa, vai acontecer este ano lado a lado com arraiais e festas de homenagem a Santo António, que se espalham no mês de Junho por toda a cidade, e ainda com os jogos do Mundial – vai ser instalado um ecrã gigante no Parque Eduardo VII para se poder acompanhar os jogos. O objectivo para a 84ª edição desta feira é torná-la, entre os dias 29 de Maio e 15 de Junho, num ponto de paragem obrigatória em Lisboa.

Se no ano passado a Feira do Livro de Lisboa recebeu 500 mil visitantes, a organização acredita que, este ano, o número poderá subir, tendo em conta as centenas de actividades programadas para o seu calendário. Inovar ao fim de 84 edições não é uma tarefa fácil, mas, mesmo assim, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), responsável pela organização da feira, esforça-se para todos anos criar melhores condições, tanto para as editoras presentes como para todos os que visitam a feira. Por isso mesmo, a grande novidade na edição deste ano é que a Feira do Livro tem uma nova cara.

“Substituímos os pavilhões dos últimos anos por uns com um novo design, mais modernos, actuais e com cores mais vivas”, anunciou esta terça-feira João Alvim, presidente da APEL, numa apresentação à imprensa. Sem revelar o valor do investimento nestes novos pavilhões, João Alvim limitou-se a dizer que este foi “um investimento pesado” de “largas centenas de milhares” de euros. Mas logo se apressou a explicar que esta foi “uma aposta a pensar nos próximos anos”, além de que estes novos pavilhões (são 250) permitirão “criar alguma novidade em termos de como apresentar os livros”, permitindo ainda melhor arrumação.

O auditório principal será também “maior, mais cómodo e melhor equipado”, assim como dois pavilhões laterais que serão utilizados para diversas actividades, muitas das quais a pensar nas famílias e nas crianças.

Para o presidente da APEL, o mais importante é que as editoras tenham condições para organizar as suas próprias actividades, que, aliadas àquelas programadas pela Câmara Municipal de Lisboa, através da sua rede de bibliotecas, e contando com o apoio da nova parceria estabelecida com a Fundação Manuel dos Santos, farão com que esta edição supere a de 2013, que terminou com um balanço positivo.

Além dos habituais encontros com os escritores, sessões de autógrafos, workshops e sessões de conto, este ano haverá um picnic literário, a 13 de Junho, que tem como objectivo reunir o maior número de amantes dos livros em várias tertúlias temáticas, nas quais estarão presentes alguns escritores.

Outra novidade é a iniciativa social Dar e Receber, em parceria com o Banco de Bens Doados, e que pretende angariar livros, novos ou usados, para crianças até aos 12 anos. Durante todos os dias de feira, estarão dispersos pelo recinto caixotes onde os livros podem ser depositados.

“Queremos demonstrar a importância da feira para a cidade de Lisboa”, acrescentou João Alvim, para quem a Feira do Livro de Lisboa é “o único momento” em que as editoras conseguem apresentar os livros de acordo com a sua identidade. “Aqui as editoras podem dar contexto aos seus livros.”

No total, estarão presentes na feira 537 editoras e chancelas. “Sensivelmente o mesmo número do ano passado”, destacou o presidente, reforçando ainda a aposta também na restauração.

Quando, entretanto, o Mundial de futebol arrancar a 12 de Junho, os jogos poderão ser acompanhados na feira através de um ecrã gigante, que ficará até ao fim da competição, independentemente do fim da Feira do Livro de Lisboa.

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