Requalificação do Cais do Pinhão pretende aumentar navegabilidade do Douro

Requalificação do cais inicia obras de desenvolvimento das potencialidades de navegabilidade do Douro

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Começou nesta quinta-feira a requalificação do Cais do Pinhão, uma empreitada incluída nos seis contratos de financiamento comunitário de projectos considerados prioritários no Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro, que vai de 2014 a 2020.

Duplicar a capacidade de acostagem de barcos até 80 metros (barcos de média dimensão) e requalificar as margens do rio Pinhão são os dois grandes objectivos do contracto que foi hoje assinado entre o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a empresa Manuel Couto Alves.

Para o Presidente do IMT, João Carvalho, “sendo o Douro a única via navegável da Península Ibérica é extremamente importante avançar com estes investimentos para haver mais navegação, quer de passageiros quer de carga”, explica.

Segundo o Secretário de Estado das Infra-Estruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, “o Douro tem vários problemas de navegabilidade, o que limita a expansão da economia do rio à sua máxima capacidade”, explica.

Para tentar responder aos apelos das regiões que têm encontrado dificuldades do ponto de vista de navegabilidade, foi também discutida a possibilidade usar o rio Douro como canal de transporte de  minério para apostar na economia mineira de Moncorvo.

Com vista à melhoria da navegabilidade no Douro, o cais da Régua, do Pocinho, de Lamego e de Barca d’Alva são outras das infra-estruturas que serão requalificadas com o apoio da CCDRN.

Com um investimento um pouco superior a um milhão de euros, a obra de cais do Pinhão tem um co-financiamento de 897.049 euros do Programa Operacional Regional do Norte e a conclusão está prevista para daqui a meio ano.

Segundo Emídio Gomes, presidente da CCDRN, a requalificação do cais “é muito importante para o desenvolvimento turístico do Douro que está com um crescimento muito alto”. Estes investimentos terão “um grande impacto local, pois permitem que mais barcos atranquem no cais, haja mais pessoas a visitarem aquela região e se estimule mais actividade económica”, adianta Sérgio Silva Monteiro.

Segundo Emídio Gomes, estão agora a “discutir com algumas quintas privadas e o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos a possibilidade de pequenos cais da acostagem serem apoiados porque, apesar de serem pequenas obras, dinamizam muito a micro-economia local da região”. 

Com a ambição de potenciar os recursos do Douro, o secretário de Estado das Infra-Estruturas garante: “O que nós gostávamos mesmo era de criar condições para que o Douro fosse navegável em período diurno e nocturno e tentar chegar, num cenário ideal, à sua navegabilidade em 10 meses do ano”.

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