Primeiro-ministro da Ucrânia em Bruxelas para discutir apoio da União Europeia

Arseni Iatseniuk encontra-se com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Acordo comercial deverá ser assinado ainda este ano.

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A UE e a Ucrânia deverão assinar um acordo de comércio ainda este ano Konstantin Chernichkin/Reuters

A Comissão Europeia e o Governo interino ucraniano reúnem-se nesta terça-feira, em Bruxelas, num encontro destinado a abordar o apoio da União Europeia a Kiev.

De acordo com uma nota do executivo comunitário, "a Comissão Europeia está determinada a ajudar a Ucrânia e a assegurar que o país tem todo o apoio necessário, no curto e longo prazo, para levar a cabo as reformas políticas e económicas necessárias, com o objectivo comum de uma Ucrânia democrática, independente e próspera", sendo esse "o principal assunto da reunião".

No final do encontro, haverá uma conferência de imprensa conjunta do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Iatseniuk.

A reunião tem lugar a menos de duas semanas das eleições presidenciais na Ucrânia, agendadas para 25 de Maio, e um dia depois de a União Europeia ter reforçado as medidas restritivas contra Moscovo, com os chefes da diplomacia dos 28 a acrescentarem 13 nomes à lista de personalidades russas e pró-russas sujeitas a sanções devido ao conflito na Ucrânia.

Com esta decisão, são já 61 as personalidades sujeitas a interdição de vistos e congelamento de bens, sendo que a lista inclui ainda duas empresas, que a União Europeia considerou terem beneficiado com a anexação da Crimeia pela Rússia, em Março passado.

A União Europeia já aprovou uma linha de apoio de 1,4 mil milhões de euros para ajudar a Ucrânia a fazer face aos seus problemas financeiros, estando, em paralelo, a negociar a redução de tarifas aduaneiras para permitir ao país poupanças na ordem dos 500 milhões de euros por ano.

Estas negociações aduaneiras são o primeiro passo para um acordo de comércio livre que deverá ser assinado por Bruxelas e Kiev ainda durante este ano.

O acordo é semelhante ao que o anterior Presidente ucraniano, Viktor Ianukovich, recusou em Novembro passado, e que acabou por motivar manifestações pró-União Europeia.

Após a ascensão de um governo interino pró-europeu, o país tem sido palco de confrontos no Leste e no Sul, com apoiantes pró-russos a reclamarem a secessão, num processo que já levou à anexação da península da Crimeia pela Rússia, e à declaração de independência das regiões de Donetsk e Lugansk.

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