Confrontos entre o exército ucraniano e separatistas em Mariupol

Autoproclamado governo de Donetsk nomeia chefe militar.

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Reuters

Pelo menos três pessoas morreram esta sexta-feira em Mariupol no Leste da Crimeia, durante uma investida do exército para recuperar edifícios tomados pelos separatistas. O ministro do Interior, Arsen Avakov, anunciou numa rede social a morte de 20 dos seus homens, mas o número não foi confirmado oficialmente.

Durante o dia tinha sido avançado que oito separatistas também tinham morrido nos confrontos que começaram logo de manhã junto à câmara municipal — que voltou às mãos do governo de Kiev — e continuaram na sede da polícia. 
Os jornalistas do jornal britânico The Guardian relataram ter visto dois corpos, um de um soldado do exército e outro de um homem não identificado. O deputado do parlamento de Kiev Oleh Liashko disse, por seu lado, que o chefe da polícia foi morto por um atirador furtivo e que outro homem ficou ferido.

O exército, apoiado por homens da guarda civil e da polícia, avançaram para o edifício da polícia, que foi bombardeado por um tanque, segundo as agências noticiosas. Havia relatos de os separatistas pró-Rússia terem capturado um carro blindado, mas essa informação também não foi confirmada.

Ao final da tarde, o edifício da polícia foi incendiado e os jornalistas nesta cidade portuária e industrial com meio milhão de habitantes da região de Donestk — o epicentro da rebelião separatista, onde domingo se realiza um referendo sobre a independência, que os analistas consideram o prelúdio de um pedido de integração na Rússia — descreviam um ambiente  muito tenso e diziam que havia troca de tiros em vários locais, alguns entre grupos de homens embriagados. 

No centro de Donetsk, e durante as cerimónias que celebraram a vitória sobre as tropas nazis durante a II Guerra Mundial, o líder do autoproclamado governo separatista de Donetsk, Pavlo Goubarev, anunciou que o processo de nomeação de um líder militar começou. O nome proposto é Igor Strelkov, que dirige a sublevação na cidade de Slaviansk e que o Governo de Kiev diz ser um coronel do serviço de espionagem russo chamado Igor Guirkine. Segundo a AFP, Goubarev disse que o coronel foi proposto “para comandante de todas as forças de autodefesa [da região] de Donbass”, a zona separatista no Leste.


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