Presidente do centro hospitalar do Porto diz que abertura de centro materno tem três fases

O Centro Materno Infantil do Norte, integrado no CHP, está previsto desde 1991 e é uma obra orçada em mais de 40 milhões de euros, com financiamento comunitário de 21,7 milhões.

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Segundo o censos, 50,4 por cento dos bebés nascidos nos EUA eram de grupos minoritários Nelson Garrido

O presidente da administração do Centro Hospitalar do Porto esclareceu esta segunda-feira que a abertura do Centro Materno Infantil do Norte "esteve sempre prevista em três fases", rejeitando críticas sobre a inauguração de uma obra incompleta por motivos eleitoralistas.

Em comunicado enviado à Lusa, Sollari Allegro respondeu a críticas do líder da concelhia socialista do Porto e ex-secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, que domingo exigiu que o Governo revele "o calendário" previsto para completar o Centro Materno Infantil do Norte (CMIN), acusando-o de tudo ter feito para "sabotar" a obra e pretender inaugurá-la incompleta este mês por motivos eleitoralistas. "A abertura do CMIN esteve sempre prevista em três fases. A construção de um novo edifício onde colocaríamos o internamento de Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria. A reabilitação do antigo edifício da Maternidade onde será colocada a consulta externa e a construção de um parque de estacionamento, exigência da Câmara do Porto", esclarece Sollari Allegro.

O presidente do Centro Hospitalar do Porto, que integra o CMIN, considera que, "estando a fase 1 terminada, é necessário abri-la e pô-la ao serviço da população. Ninguém entenderia que assim não fosse".

O CMIN será inaugurado na terça-feira com uma homenagem a Albino Aroso, "figura grande da área materno-infantil portuguesa e que tinha aceitado participar na abertura e dar o nome ao Centro Materno-Infantil", sublinha Sollari Alegro. "Esta cerimónia estava há muito planeada, ao arrepio de actos eleitorais, tal como informámos em Abril os deputados do Partido Socialista tendo então o facto sido recebido com satisfação", acrescentou.

Manuel Pizarro descerrou no domingo, frente à obra do CMIN, um cartaz do PS Porto, dizendo "Centro Materno Infantil: Este Governo não queria. Mas o Porto venceu". "O que vai ser inaugurado é uma obra que ainda está incompleta e nós exigimos que o Governo explique qual é o calendário para a completar, designadamente para requalificar o edifício da Maternidade [Júlio Dinis] e para construir o parque de estacionamento, que é um equipamento indispensável porque passarão a vir aqui todos os dias milhares e milhares de pessoas", afirmou o líder da concelhia em declarações aos jornalistas.

O PS Porto acusou o Governo de "aproveitar, agora, a campanha eleitoral para as europeias para vir fazer uma festa e fingir que completou a obra", inaugurando-a sem o parque de estacionamento de 314 lugares previsto, numa zona muito congestionada da cidade e numa atitude de "irresponsabilidade" que pode causar "gravíssimos problemas de trânsito e de mobilidade" naquela zona da cidade.

Assegurando que o Porto não vai comprar "gato por lebre", o líder da concelhia socialista exige "que o projecto do Centro Materno Infantil seja levado até ao fim, porque só assim é que, articuladamente, pode funcionar em benefício das pessoas".

Neste momento, disse, a obra está parada "porque o Governo não transfere dinheiro para o CHP, que que não tem condições para a continuar": "A comparticipação nacional é superior a 20 milhões de euros e, até agora, foi feito zero de transferência para o Hospital de Santo António. O que foi feito foi com dinheiros comunitários e fundos próprios do Hospital de Santo António, causando, evidentemente, problemas de tesouraria a esse hospital", acusou.

O Centro Materno Infantil do Norte, integrado no CHP, está previsto desde 1991 e é uma obra orçada em mais de 40 milhões de euros, com financiamento comunitário de 21,7 milhões. 

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