O “inferno” de Munique pode não chegar para afastar o Real Madrid

Nos últimos 26 anos, os espanhóis somam seis derrotas e um empate na casa do Bayern, mas os sete resultados mais recentes dos madridistas na Baviera colocariam a equipa de Ronaldo na final de Lisboa.

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Reuters

Nos 112 anos de história do Real Madrid, não há outra cidade tão hostil para os “merengues” como Munique: em 10 jogos, um empate e nove derrotas. Primeiro no Estádio Olímpico e, desde 2005-06, na Allianz Arena, a capital da Baviera tem sido um “inferno” para os madridistas, mas apesar dos resultados adversos registados sempre que joga na casa do Bayern, se se mantiver a tradição dos últimos 26 anos, Cristiano Ronaldo e companhia estarão no próximo dia 24 de Maio em Lisboa para disputar a final da Liga dos Campeões.

A história não ganha jogos, mas há dois pontos comuns no currículo do Real Madrid quando a equipa da capital espanhola joga no terreno do Bayern Munique que fazem os madridistas acreditarem que a “obsessão” da conquista da décima Liga dos Campeões este ano não terminará na Alemanha: apesar de perderem quase sempre, desde 1988 que os “merengues” não regressam a Madrid com um desaire superior a um golo.

Nos últimos sete confrontos na Alemanha entre o Bayern e o Real, os bávaros conseguiram seis vitórias, mas sempre pela margem mínima: cinco vezes por 2-1 e uma por 3-2. Se se repetir um destes dois resultados, o golo de Karim Benzema há menos de uma semana no Santiago Bernabéu será suficiente para assegurar a qualificação da formação liderada por Carlo Ancelotti, mas Pep Guardiola diz que apesar de ter lido “esta em Madrid que já estão na final”, o Bayern vai tentar “com todas as forças” dar a volta à eliminatória.

O treinador catalão dos germânicos foi sarcástico q. b. na antevisão da partida desta noite: “Nós não estamos na final, mas li nesta semana em Madrid que eles já estão. Não só estão na final como já a ganharam pelo que li e escutei. Nós não temos essa atitude. Marcar dois ou três golos ao Real Madrid não é uma tarefa fácil, mas vamos tentar com todas as nossas forças.” Guardiola, que garantiu que chegar pela terceira vez consecutiva à final não é “uma obsessão” para os alemães, considerou ainda que “pela atitude do seu treinador”, o Real Madrid “vai tentar marcar” e que, por isso, o Bayern terá que fazer “mais do que um golo para estar em Lisboa”.

Do lado dos espanhóis, não houve qualquer surpresa na convocatória elaborada por Carlo Ancelotti. Da lista do técnico italiano fazem parte Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão e o trio português deve ser lançado de início na Allianz Arena, à semelhança do que aconteceu há uma semana no Bernabéu.

Já em Munique, Ancelotti aproveitou a conferência de imprensa de antevisão do encontro para responder a Guardiola, garantindo que os madridistas não são “tão tolos” para pensarem que já estão apurados: “Gostava de já ter ganho a Liga dos Campeões, mas não somos tão superficiais. Será uma partida complicada e vamos jogar contra uma grande equipa. Não somos tão tolos para acreditarmos que já ganhamos. Às vezes, quando estás numa conferência de imprensa, tens que dizer qualquer coisa porque o tempo não passa.”

A arbitrar a partida que decidirá o primeiro finalista da final de Lisboa, estará Pedro Proença, que na eliminatória anterior apitou o Chelsea-PSG.

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