Teimour Radjabov lidera memorial Gashimov

Magnus Carlsen escorregou na terceira ronda, ao deixar escapar o russo Sergei Karjakin.

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Teimour Radjabov é o inesperado líder do magistral organizado pela federação de xadrez do Azerbaijão em homenagem a Vugar Gashimov, que, com apenas 27 anos, foi vítima, em Janeiro passado, de um tumor cerebral.

Apesar dos problemas de saúde que o afectaram durante grande parte da sua curta vida, Gashimov chegou a ocupar a sexta posição do ranking da modalidade e integrou a selecção que se sagrou campeã mundial, deixando em aberto a questão de até onde poderia ter chegado este talentoso xadrezista tivesse o destino sido mais benevolente.

Terminada a primeira volta da prova em Shamkir, a cidade natal de Gashimov, a nota de maior destaque vai para a prestação irregular do campeão mundial, Magnus Carlsen, que depois de um início demolidor em que alardeou total confiança, com vitórias convincentes sobre Shakhtiar Mamediarov e Hikaru Nakamura, escorregaria na terceira ronda, ao deixar escapar o russo Sergei Karjakin.

Esta primeira falha foi o prelúdio do desastre que se seguiu, com duas derrotas consecutivas, primeiro frente ao italiano Fabiano Caruana e depois perante Radjabov, algo a que o norueguês já não estava habituado, tendo de se recuar até 2010 para que uma situação semelhante lhe tivesse sucedido. Carlsen alegou cansaço e mal-estar para justificar este duplo desaire, mas o facto é que, perante Caruana, foi claramente suplantado, na discussão da defesa berlinense, e frente a Radjabov perdeu o controlo da partida numa posição complexa mas equilibrada.

E, assim, um dos representantes do país anfitrião comanda a prova, depois de ter empatado as quatro primeiras partidas, tendo também para isso contado com a preciosa ajuda do seu compatriota, Mamediarov, que ontem venceu Caruana e, apesar de continuar na última posição, reentrou na discussão da prova, uma vez que apenas um ponto separa o primeiro do sexto classificados.

Para Radjabov parece ser um retorno à primeira linha da elite mundial, depois do colapso que sofrera no torneio de candidatos de 2012 e que o fizera afundar da quarta posição da hierarquia para fora do top 30. Agora, depois de mais de 6 meses de inatividade mas de árdua preparação está de novo ao seu melhor nível.

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