Novartis compra negócio oncológico à GSK por 11.600 milhões de euros

Empresas vão criar joint-venture para as marcas de grande consumo com a qual esperam receitas anuais de 7800 milhões de euros.

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Novartis vai vender unidade de cuidados veterinários à Eli Lilly por 3900 milhões de euros AFP PHOTO / SEBASTIEN BOZON

A Novartis vai comprar à GlaxoSmithKline (GSK) o seu negócio de medicamentos oncológicos por 16.000 milhões de dólares (cerca de 11.600 milhões de euros).

Esta transacção faz parte de um acordo mais vasto anunciado esta terça-feira por duas das maiores farmacêuticas do mundo, que inclui também a aquisição, pela GSK, do negócio de vacinas da Novartis, por 7100 milhões de dólares (5100 milhões de euros). O negócio deixa de fora as vacinas da gripe da Novartis, para as quais a empresa vai procurar outro comprador.

Além destas vendas cruzadas, a GSK e a Novartis também chegaram a acordo para combinar as suas operações de grande consumo, uma joint-venture com a qual esperam obter receitas anuais de 10.900 milhões de dólares (aproximadamente 7800 milhões de euros). A britânica GSK ficará com a maioria do capital (63,5%) nesta parceria que inclui marcas como os analgésicos Excedrin da Novartis e a pasta de dentes Sensodyne. O negócio inclui ainda as vacinas para a meningite (Bexsero) e cancro do colo do útero (Cervarix) da GSK.

“As oportunidades para ganhar escala e combinar activos de grande qualidade nas vacinas e produtos de grande consumo são escassas”, afirmou em comunicado o presidente executivo da GSK, Andrew Witty.

“Com esta transacção vamos fortalecer substancialmente duas das nossas principais áreas de actividade e criar valor para os accionistas”, acrescentou o comunicado, citado pela Bloomberg. Segundo Witty, as operações vão aumentar em cerca de 1500 milhões de euros as receitas totais da empresa, para cerca de 32.700 milhões de euros.

O negócio, que ainda está sujeito às aprovações legais, deverá estar concluído na primeira metade de 2015, revelaram as empresas.

Paralelamente, a Novartis, que está em processo de reestruturação, irá também vender o negócio de cuidados veterinários à Eli Lilly por quase 5400 milhões de dólares (3900 milhões de euros). Segundo o presidente executivo da Novartis, Joseph Jimenez, estes negócios marcam “um momento transformacional” na história da companhia, permitindo-lhe focar-se nos seus principais negócios e enfrentar as quedas de vendas dos últimos anos. “As operações também reforçam a solidez financeira da empresa e com elas esperamos ter efeitos imediatos nas nossas margens e taxas de crescimento”, afirmou o gestor, num comunicado citado pela BBC.

Segundo a Bloomberg, estas operações desfazem parte da herança do anterior presidente executivo da farmacêutica suíça, Daniel Vasella, que durante 17 anos transformou o grupo suíço num verdadeiro conglomerado da área da saúde.

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