Seguro diz que "nunca como hoje" foram tão evidentes as diferenças com PSD

O secretário-geral do PS, António José Seguro, diz que "nunca como hoje" foram tão evidentes as diferenças entre os socialistas e o PSD "nas opções ideológicas" para Portugal.

"Nunca como hoje a diferença entre o PS e o PSD foi tão nítida nas opções ideológicas no nosso país. Nunca foi tão nítida", reforçou Seguro, que discursava no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG), na conferência "Next Left 2014", dedicada a questões sociais e integrada na convenção Novo Rumo para Portugal, promovida pelo PS.

O socialista reiterou a necessidade de um "novo compromisso sobre o contrato social", defendendo que é necessário "actualizar as respostas" perante as dificuldades das pessoas nesta área. "Esse novo compromisso deve assentar num princípio: não é o de oferecer tudo a toda a gente, mas é de garantir o mínimo de dignidade a todos aqueles que precisam", assinalou António José Seguro.

O secretário-geral do partido advogou que há uma "concepção ideológica" diferente entre o PS e "a maioria que apoia este Governo" e o próprio executivo no que se refere a áreas como a educação, segurança social e saúde, que são vistas pela direita, diz Seguro, como "despesas".

"É evidente que [tais áreas] se inscrevem no lado da despesa, mas para nós representam investimento. Um país que não investe na saúde, na escola pública, está a dar um sinal claro aos seus cidadãos: cada um trate de si, em função do dinheiro que tem no bolso ou a conta bancária que tem no banco", ressalvou. "Investimos nas funções sociais do Estado. Não é um capricho nosso, é uma responsabilidade civilizacional", declarou ainda.

António José Seguro lembrou ainda que a "principal responsabilidade" de um partido é "ser ponte entre a democracia institucional e a democracia societal, as pessoas", reclamando que políticas diferentes garantem maior participação cívica das pessoas. "A nossa principal responsabilidade é voltar a fazer a função principal de um partido: E quando essa ponte abranda, as pessoas criam desencanto e desilusão. Mas quando essa ponte funciona (...) podem ter a certeza que as pessoas participam", defendeu.

A prioridade actual "deve ser a criação de emprego" e o "combate à pobreza", reiterou, antes de afirmar perante dezenas de presentes na conferência de hoje que o voto no PS nas europeias de 25 de Maio é um voto para "fazer a mudança".

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