Pelo menos um dos feridos do Porto de Leixões deve ter alta ainda esta quinta-feira

Os feridos com 33 e 34 anos estão internados no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, com vários traumatismos

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A ponte de Leixões é a quarta maior ponte basculante do mundo Nelson Garrido

A queda de uma plataforma elevatória no Porto de Leixões causou ferimentos em dois trabalhadores, que se encontravam na estrutura a colocar vidros no último piso do edifício do terminal de passageiros do Porto de Leixões. Os dois homens, com 33 e 34 anos, foram transportados para o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, com vários traumatismos.

Os dois feridos foram transportados para a unidade hospitalar pelo INEM, consciente e com a indicação de serem politraumatizados. Pelas 18h50, fonte do Hospital Pedro Hispano disse ao PÚBLICO que, após os exames realizados, um dos homens revelou ter apenas ferimentos considerados ligeiros, pelo que deveria ter alta ainda esta quinta-feira. O outro inspirava mais cuidados, por causa de um traumatismo craniano, pelo que deveria ser ainda visto pelos serviços de Neurocirurgia. Como o Hospital Pedro Hispano não dispõe desta especialidade, era esperado que o homem fosse transportado para o Hospital de S. João, no Porto.

O administrador da Administração dos Portos de Douro e Leixões (APDL) que supervisiona a construção do terminal, José Braga da Cruz, esteve no local do acidente e explicou ao PÚBLICO que este ocorreu no interior do edifício em construção. “Os trabalhadores estavam a trabalhar numa plataforma elevatória, ao nível do piso 3, o mais elevado por baixo da cobertura, a uma altura de cerca de sete metros. Por razões que não conseguimos apurar e que estão a ser investigadas, a plataforma tombou e arrastou os dois trabalhadores. Felizmente, a rotação deu-se para o interior do edifício, e não para o exterior”, explicou o responsável.

A construção do edifício está a cargo do consórcio Opway/Ferreira e Braga da Cruz afirma que os dois feridos serão funcionários de uma das empresas subcontratadas por aquela entidade para trabalhar na empreitada.

O local onde ocorreu o acidente foi “interditado”, acrescentou a mesma fonte, mas os trabalhos prosseguiram nas outras zonas da obra, apesar da “consternação” que tomou conta de todos.

A Polícia Marítima tomou conta da ocorrência e a Autoridade para as Condições de Trabalho deverá também investigar o caso. Braga da Cruz não quis adiantar qualquer razão para o acidente. “Estas plataformas são certificadas e esta é uma situação muito grave, porque estão pessoas feridas, pelo que não vamos especular”, disse.


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