Armas não convencionais para combater a crise

O BCE tem usado armas mais ou menos convencionais para combater a crise. Além da descida dos juros para 0,25%, Mario Draghi, numa abordagem já menos tradicional à política monetária, também lançou no início da crise empréstimos de longo prazo para injectar liquidez na banca comercial. Apesar disso, continua a pairar na Europa o fantasma da deflação (quebra generalizada de preços), o que poderia lançar a economia da região numa longa agonia, como aconteceu, por exemplo, no Japão em 2000.

Por isso é que são cada vez mais as vozes que pedem a Draghi que ponha a rotativa a funcionar e que adopte, tal como fizeram os EUA, uma política de quantitative easing, ou seja, a compra em grandes quantidades de activos à banca. E ontem, o até agora grande opositor a esta medida, a Alemanha, veio admitir essa possibilidade. Se for usada com conta, peso e medida, esta arma não convencional poderá dar o estímulo que faltava ao crescimento ainda bastante anémico na região.

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