Avanço na educação

Foi no final de 2013 que Nuno Crato disse que “o sistema de formação de professores [tinha] várias falhas” e precisava de ver a sua estrutura curricular revista. A polémica estalou quando afirmou: “Há professores licenciados por universidades e há professores licenciados por escolas superiores de Educação que têm características diferentes e critérios de exigência muito diferentes.” Os politécnicos pediram logo a cabeça do ministro.

Esta quinta-feira, o ministro fez aprovar o novo regime de habilitações para se ser professor e uma das novidades é o aumento da duração dos ciclos de estudos. Para quem tinha criticado a falta de fundamentação das mudanças, Crato apresentou pareceres. Para quem disse que o tempo era escasso para acreditar tantos cursos, Crato prolongou o prazo. E, para quem se queixava da falta de diálogo, o ministro disse ontem que falou com todos os que havia para falar. É a prova de que um simples acto legislativo bem conduzido vale mais do que mil palavras, algumas delas despropositadas.
 

  

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