Governo confirma que está a ser estudada fusão entre Refer e Estradas de Portugal

Sérgio Monteiro referiu que ainda não há uma decisão tomada sobre o tema.

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Secretário de Estado das Infra-estruturas diz que há vantagens na fusão Foto: Daniel Rocha

O secretário de Estado das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, confirmou nesta quinta-feira que o Governo está a "estudar" a fusão entre a Refer e a Estradas de Portugal (EP).

"Temos estado a fazer um estudo aprofundado de todas as áreas da nossa tutela que ainda podem ser passíveis de operacionalização de eficiência adicional. Vemos a matéria com interesse, estamos a estudá-la, mas não posso confirmar que há uma decisão. É mais uma das opções que estamos a olhar e a trabalhar", afirmou Sérgio Monteiro, em declarações aos jornalistas em Matosinhos, à margem da segunda edição da Via Bolsa – Financiamento Através do Mercado de Capitais.

Questionado directamente sobre se está em equação a fusão entre a Refer e a EP, noticiada pelo Diário Económico, o governante afirmou que "está a ser olhada, como hipótese, uma integração adicional entre os gestores de infra-estruturas".

Destacando que "a decisão não está tomada" nem há prazo para o fazer, Sérgio Monteiro admitiu que modelos semelhantes de gestão integrada de infra-estruturas apresentam benefícios.

"Do ponto de vista de gestão de infra-estruturas, os casos que existem, europeus, de modelos semelhantes, parecem levar a pensar que há, do ponto de gestão mais eficiente dos recursos, vantagens importantes", afirmou.

Tal verifica-se "não só nas decisões de investimento, em que o modo de transporte deixa de ser concorrencial e é complementar, mas também relativamente à escala com que se abordam estratégias de alternativas de captação de investimento", acrescentou. "Há, por isso, alguns sinais positivos", destacou.

Quanto a outras hipóteses que o Governo possa estar a equacionar, o secretário de Estado reservou detalhes. "Estamos sempre a olhar para processos que tenham, do ponto de vista da reforma do Estado, impacto relevante, que criem valor, que possam reduzir o peso do Estado na economia", observou.

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