You Can’t Win, Charlie Brown: três noites, três concertos no Musicbox

A banda de Diffraction/Refraction sobe a palco esta quinta-feira, sexta e sábado para três actuações distintas

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Os You Can't Win, Charlie Brown, aqui em concerto no Festival Bons Sons, em Cem Soldos, em 2012, editaram no início do ano o segundo álbum, Diffraction/Refraction Nuno Ferreira Santos

Não é um concerto, são três concertos. É uma temporada. Assinada pelos You Can’t Win, Charlie Brown no Musicbox, em Lisboa. A banda que editou no início do ano Diffraction / Refraction, e que é um caso sério de culto desde a estreia com Chromatic, em 2011 (o percurso iniciara-se antes com um EP pela Optimus Discos), subirá a palco esta quinta-feira, sexta e sábado ao clube no Cais do Sodré. Três noites, três concertos. Todos diferentes.

Ao receber o convite para a temporada, explica Afonso Cabral, um dos vocalistas, no texto de apresentação da mesma, a banda pôs imediatamente de parte a ideia de preencher três dias de actuações com um mesmo alinhamento. “Percebemos que tínhamos aqui uma oportunidade rara para explorar a música da banda”: “Três noites em que podemos arriscar e tocar aquelas músicas que nunca chegaram a fazer a transição do disco para o palco”.

O primeiro concerto será dedicado ao álbum de estreia, Chromatic e o segundo a Diffraction/Refraction. Para o final, um concerto em aberto em que a banda poderá até dedicar-se a abordar canções daqueles que os inspiraram – recorde-se que já tivemos a oportunidade de os ver recriar canção a canção o histórico álbum de estreia dos Velvet Underground, Velvet Underground & Nico, num concerto inserido nas noite Black Balloon, no Lux, em Lisboa.

Os You Can’t Win Charlie Brown são formados por Afonso Cabral, Salvador Menezes, Luís Costa, David Santos (que conhecemos como Noiserv), Tomás Sousa e João Gil. Assente em harmonias vocais trabalhadas ao detalhe e numa sensibilidade que é folk no seu âmago, mas que se abre a arranjos onde cabe a electricidade de banda completa, electrónica bem doseada e a orquestração ocasional (como na magnífica Fall for you), a música da banda tem uma melancolia outonal que, de certa forma, os coloca nas proximidades do universo de uns Grizzly Bear, Bon Iver, Midlake ou Fleet Foxes (com discos de Crosby, Stills & Nash por perto e boas lições da ambição prog bem estudadas).

Os bilhetes para cada um dos concertos custam oito euros. O concerto desta quinta-feira tem início marcado para as 22h30. Os de sexta e sábado iniciam às 24h.

 

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