Independente João Lavinha é o número dois do BE às eleições europeias

Claúdio Torres é o terceiro nome na lista.

O independente João Lavinha, antigo director do Instituto Nacional Ricardo Jorge, é o número dois da lista do Bloco de Esquerda (BE) às eleições europeias, anunciou neste sábado a eurodeputada Marisa Matias.

A europedutada revelou ainda, em Lisboa, que o arqueólogo Claúdio Torres é o terceiro nome na lista. "Na próxima semana vamos apresentar o mandatário e o programa eleitoral", acrescentou.

Portugal vai perder um dos seus eurodeputados no próximo escrutínio, passando a eleger apenas 21, devido ao alargamento da União Europeia à Croácia.

A lista do BE é aberta a nomes fora do partido, sendo metade dos candidatos da lista independentes, acontecendo o mesmo com as mulheres.

BE acusa Cavaco de "enganar" os portugueses
Também neste sábado, o BE, pela voz desta eurodeputada, acusou o Presidente da República, Cavaco Silva, de "má-fé" e de "enganar os portugueses" quando avisou que pelo menos até 2035 Portugal continuará sujeito a supervisão orçamental.

"A divida é impagável e o que é apresentado pelo Presidente da Republica [no prefácio do Roteiros VIII] é má-fé, é enganar os portugueses", afirmou Marisa Matias.

Cavaco Silva considerou, naquele prefácio, "uma ilusão" pensar que as exigências de rigor orçamental vão desaparecer após a conclusão do programa de ajustamento e avisou que, pelo menos até 2035, Portugal continuará sujeito a supervisão.

"O roteiro apresentado por Cavaco Silva vem mostrar que estamos condenados à austeridade por mais 35 anos, o que não é o nosso entender", disse a eurodeputada, defendendo que "pagaríamos a dívida mas ficaríamos sem país".

A eurodeputada falou ainda sobre o manifesto assinado por 74 personalidades, que defenderam uma reestruturação da dívida pública, considerando que o documento mostra que se está "a caminhar para o amplo consenso na sociedade portuguesa de que existe alternativa à austeridade".

Marisa Matias falou também da "política de selvajaria" do Governo e criticou o "perdão das multas" aplicado aos banqueiros nacionais e as prescrições dos casos judiciais BCP e, segundo o semanário Expresso deste sábado, BPN que foi requerida por Oliveira e Costa.

"Estes escândalos mostram a diferença de tratamento face à sociedade", que tem sido punida com cortes e outras medidas de austeridade, disse a eurodeputada, concluindo que o Governo "tem dois pesos e duas medidas: aos banqueiros oferece a impunidade e aos portugueses o castigo".

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