Fundação Luso e Quercus vão plantar 24 mil árvores na Serra do Buçaco

De acordo com a Quercus, serão plantadas espécies autóctones como o azevinho, carvalho, medronheiro ou loureiro.

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A Mata ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 200 mil visitantes no ano 2015 Paulo Pimenta

A Fundação Luso e a Quercus vão plantar 24 mil árvores durante os próximos três anos, em 24 hectares da Serra do Buçaco, no concelho da Mealhada, onde se situa a zona de recarga do aquífero mineral da Água de Luso.

A iniciativa começou esta sexta-feira de manhã, com a plantação de mil árvores num dos hectares dessa mesma zona, envolvendo 30 voluntários da empresa Água de Luso, da Junta de Freguesia do Luso, responsáveis da Quercus e do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, informou Noémia Calado, directora-executiva da Fundação Luso.

A acção de plantação está a ser realizada no âmbito de um protocolo assinado em Dezembro entre a Quercus e a fundação, que prevê a plantação e tratamento de oito hectares por ano, plantando assim 24 mil árvores em 24 hectares.

A iniciativa pretende "proteger o aquífero que é utilizado pela Água de Luso", procurando recompor a floresta para "garantir a sustentabilidade" do património hídrico, explicou Paulo Lucas, da Quercus.

Com o desaparecimento do pinhal da serra, devido a "uma praga que atacou os pinheiros, um pouco por todo o país", a zona foi "invadida por outras espécies, principalmente acácias", que "infestaram" a Serra do Buçaco de "forma descontrolada", contou.

No local, serão plantadas "cerca de 14 espécies de árvores e arbustos", como "o azevinho, o carvalho, o medronheiro ou o loureiro", que são "plantas da flora original destes espaços", de forma a que a Serra do Buçaco tenha "uma floresta autóctone", sublinhou Paulo Lucas. O responsável da Quercus frisou que "as árvores são fundamentais para a manutenção da qualidade do aquífero".

Paulo Lucas salientou também que a floresta da Serra do Buçaco "é importante para retardar a propagação de fogos", considerando que a plantação das árvores naturais daquela zona poderá fazer com que se tenha "uma floresta mais resistente a incêndios".

"É um trabalho muito difícil", disse à Lusa, considerando que "as acácias não são plantas fáceis de dominar" e que terá que se "investir mais no futuro". Para o responsável, este "é um pequeno contributo", recordando que a zona florestal da Serra do Buçaco tem 968 hectares. 

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