Isabel Moreira garante que PS vai insistir na co-adopção

Isabel Moreira, deputada independente eleita pelo PS e proponente do projecto de co-adopção, assegurou esta sexta-feira que os socialistas não vão desistir da iniciativa e vão esperar pela próxima legislatura.

Em reacção ao chumbo da co-adopção, no final da votação, a deputada considerou tratar-se de “uma derrota das crianças que já existem e que estranhamente o Estado não persegue mas ao mesmo tempo ignora”. “Hoje a Assembleia da República decidiu manter as crianças no limbo, mas naturalmente o PS não desistirá destas crianças”, afirmou aos jornalistas.<_u13a_p>

Lembrando que a Unicef pediu a urgência da aprovação da lei, a deputada reafirmou: “Continuaremos esta luta e penso que hoje foi uma vitória adiada, mas não creio que por muito mais tempo seja suportável que Portugal no Conselho da Europa insista em ficar rodeada da Rússia, da Roménia e da Ucrânia”. <_u13a_p>

Isabel Moreira lembra que o projecto foi aprovado na generalidade em Maio do ano passado e afirma que os portugueses vão questionar-se sobre o trabalho que foi feito na especialidade, “que apontava de uma forma quase esmagadora para a necessidade de aprovação” e um posterior chumbo. 

JSD insiste na necessidade de referendo

Por seu turno, o líder da JSD Hugo Soares disse acreditar na necessidade de uma consulta popular sobre o processo da co-adopção.

“Esta é uma matéria que não acredito que possa ser decidida [de outra forma] que não seja através do referendo. A seu tempo, depois das eleições europeias, voltaremos a falar sobre esta matéria, também no respeito pela autonomia do grupo parlamentar e dos deputados da JSD”, afirmou o deputado aos jornalistas.

Defendendo que a questão merecia “reflexão”, Hugo Soares afirmou que ficou demonstrado “que não é claro para todos que estas normas visem proteger de forma absoluta superior interesse da criança que é aquele que para nós esteve sempre em causa”.

A vice-presidente do PSD Teresa Leal Coelho reafirmou ser contra o referendo e lamentou que houvesse deputados a mudar o sentido de voto na co-adopção. “As matérias de direitos, liberdades e garantias não são passíveis de serem referendadas”, reiterou a deputada, que tem dado a cara pelo sim à co-adopção entre casais do mesmo sexo. 

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