Algarve pede requalificação da EN125 e recusa portagens na Via do Infante

No dia 22, está marcado um Forum, em Loulé, juntando utentes da Via do Infante do Algarve e Andaluzia unidos pelo “não” às portagens.

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As portagens na Via do Infante geraram fortes protestos Público

Os autarcas algarvios, por unanimidade, declaram ontem oposição ao Governo, manifestando discordância em relação ao plano de investimentos previstos para a região. “O Governo está em incumprimento total para com o Algarve – uma vergonha”, declarou o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve – Amal, Jorge Botelho (também presidente da Câmara de Tavira), referindo-se às obras de requalificação da Estrada Nacional (EN) 125, abandonadas há mais de dois anos, existindo ainda outros troços que nem sequer chegaram a começar.

A luta contra o estado de abandono em que se encontra a EN 125 e as portagens na Via do Infante (VI) são as duas frentes de combate que a Amal, ontem, na reunião do Conselho Intermunicipal, declarou levar por diante. Para o próximo dia 22 está marcado um Forum, no pavilhão do Nera, em Loulé, juntando utentes da Via do Algarve e Andaluzia, unidos pelo “não” às portagens.

“Vamos lá estar todos”, disse Jorge Botelho, justificando a posição de dureza que anuncia como tratando-se de uma resposta à forma “arrogante” como viu, recentemente, em Faro, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, apresentar o Relatório Sobre as Infra-estruturas de Alto Valor Acrescentado. O que é prometido no próximo Quadro Comunitário, disse, são apenas dez milhões de euros para os portos de Portimão e Faro. No que diz respeito à ferrovia existe uma “vaga promessa, uma lamiré de melhoria da linha regional, e fica-se por aí”.

Os autarcas criticam o facto de o sector turístico não ser considerado para efeitos de investimentos públicos, uma actividade com grande peso na exportação de serviços, sublinham. “Sem investimento, desqualificamos a oferta”, sublinhou Botelho, lembrando que a EN 125 assume nesse contexto um papel estruturante. O presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, por seu lado, considera que a “luta deve  incidir sobre a EN 125 porque o país não iria entender haver uma excepção para a isenção de portagens na Via do Infante”. O presidente da Câmara de Aljezur, José Amarelinho (vice-presidente da Amal), considera que a prioridade deve ser a abolição de portagens na VI. Por fim, proclamaram: “Vamos lutar em duas frentes”.

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