Marisa Matias define europeias como a oportunidade para escolher entre austeridade e emprego

Líder do BE e cabeça de lista ao Parlamento Europeu estiveram juntas no Porto para criticar a direita à frente dos destinos europeus.

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As eleições europeias marcadas para 25 de Maio são uma oportunidade para escolher entre políticas de austeridade e de emprego. E há uma maneira de salvar o país, disse este sábado Marisa Matias, a cabeça de lista do BE às europeias.

Nas comemorações do 15º aniversário do partido, a actual eurodeputada Marisa Matias defendeu que é preciso fazer uma escolha nestas europeias entre caminhos que são opostos.

“A escolha nas próximas eleições é entre a austeridade ou a política de emprego. Escolher entre cumprir o memorando ou a Constituição. Defender o estado orçamental ou o país. Defender o nosso país é desobedecer a esta Europa”, afirmou.

Na mesma linha do que minutos antes defendeu a coordenadora do partido, Catarina Martins, Marisa separou as águas entre um “ajustamento” financeiro e um programa de “empobrecimento do país” e dedicou grande parte da sua intervenção ao que considera a “destruição do Estado Social”.

“O chamado programa de ajustamento não tem rigorosamente nada a ver com ajustamento”, disse, para acrescentar que “o défice e a dívida estão sempre a subir, bem como os impostos e as taxas de desemprego”.

Também Catarina Martins já dedicara parte do discurso ao léxico do Governo. “Não podemos aceitar que falem de ajustamento quando a palavra é empobrecimento, que nos digam que é preciso rigor quando a palavra é corte nos salários, que falem de gorduras quando aquilo que está em causa é destruir o Estado Social”, afirmou.

Com o foco nas europeias, a líder bloquista responsabilizou a “direita” e distribuiu culpas a Passos Coelho e a Durão Barroso. “Passos Coelho esteve numa grande reunião com a direita europeia e orgulhou-se do que tem sido o percurso do Governo. Durão Barroso disse que a Grécia era um caso de sucesso porque ainda não tinha saído do euro. Mas as palavras que dizem não correspondem às vidas que vivemos”, concluiu.


 


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