Jardim recua e admite ficar até ao final do mandato

Líder do PSD-Madeira tinha anunciado em congresso deixar o Governo em Janeiro de 2015, mas agora admite ficar até Outubro do próximo ano.

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Jardim tinha anunciado que deixaria a política activa em Janeiro de 2015 Daniel Rocha

Alberto João Jardim admitiu esta segunda-feira levar o seu mandato até ao seu final em Outubro de 2015, se o Presidente da Republica “não aceitar a mudança de presidente do Governo” Regional sem haver eleições antecipadas.

No último congresso do PSD-Madeira, em Novembro de 2012, Jardim anunciou que deixaria a política activa em Janeiro de 2015, aquando da consagração do novo líder no próximo congresso. "Obviamente que não concorrerei ao cargo de presidente da comissão política regional, pelo que o novo líder então eleito será o nosso candidato, de todos nós, eu incluído, às eleições regionais de Outubro de 2015", garantiu.

Mas agora recuou. No artigo diariamente publicado no governamentalizado Jornal da Madeira, Jardim escreve esta segunda-feira que está “disposto a levar o mandato de governo até ao fim”, se Cavaco Silva não aceitar a mudança de presidente do Governo sem eleições antecipadas. “E se é definitivo que não concorro à presidência do partido caso a eleição seja em Dezembro [de 2014], na eventualidade do Senhor Presidente da República não aceitar a mudança de Presidente do Governo e pretender eleições antecipadas – o que seria um “golpe de Estado constitucional” tal como o de Sampaio – eu estou disposto a levar o mandato de governo até ao fim”.

Jardim, no citado artigo, assegura que não está “agarrado ao poder”, como têm referido políticos da oposição e até candidatos à liderança regional do partido que reclamam a antecipação do congresso electivo para escolher o seu sucessor. “O rosnar dos caninos que pretendem colocar o PSD/Madeira como mais um instrumento da Madeira Velha e da maçonaria, uiva que eu, Alberto João, estaria agarrado ao poder”, escreve Jardim, acrescentando que só passará o testemunho em Janeiro de 2015 se não houver eleições regionais antecipadas, “como querem o seu inimigo principal e os seus lacaios infiltrados no PSD/Madeira”.

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