As bolsas europeias começaram o dia com descidas nos seus principais índices, afectadas pela perspectiva de um conflito militar na Ucrânia. O encerramento da sessão ficou marcado por uma agravamento das queradas e o mercado de acções lisboeta não escapou a essa tendência geral negativa.

Entre os principais índices bolsistas europeus, a queda mais significativa ocorreu na bolsa de Frankfurt, com uma descida de 3,44%. As restantes bolsas europeias fecharam com quedas superiores a 2%, à excepção de Londres, que perdeu 1,12%.

Em Lisboa, o índice PSI20 iniciou a sessão desta segunda-feira com uma queda de 1,48%, mas termonou a desvalorizar 2,57%. As acções com perdas mais significativas eram as da Sonae Indústria, Sonae SGPS e Mota Engil.

O ambiente negativo nas bolsas não constitui uma surpresa tendo em conta os desenvolvimentos da crise na Ucrânia conhecidos durante os últimos dias. A possibilidade de uma escalada do conflito na Crimeia constitui uma preocupação para os investidores que optam por assumir posições de menos risco neste tipo de circunstâncias.

E não é só nos mercados bolsistas que o nervosismo gerado pelo conflito se faz sentir. O preço do petróleo brent está, durante esta manhã, a registar uma subida de 2%, chegando neste momento aos 111,24 dólares por barril, o valor mais alto dos últimos dois meses. A subida dos preços da energia é um fenómeno habitual sempre que existe a ameaça de confrontos militares graves.

A turbulência é maior nos mercados directamente afectados pelo confronto militar. Na Rússia, o rublo acentua uma queda que coloca a divisa já abaixo dos níveis registados durante a crise financeira de 2009 e a bolsa de Moscovo apresenta quedas já próximas dos 10%.