Colecção Miró voltou a Lisboa para os cofres onde tem estado nos últimos anos

As 85 obras de Joan Miró já estão nos cofres da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa.

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A exposição das obras na leiloeira Christie’s Reuters

As 85 obras de Joan Miró, que deviam ter sido leiloadas em Londres no início do mês, voltaram para os cofres da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, depois do imbróglio em que estiveram envolvidas. O novo leilão já tem data marcada e acontecerá na Christie’s, em Londres, em Junho. Até lá, a colecção vai continuar longe da vista do público.

Ao que tudo indica, as obras chegaram na quarta-feira a Lisboa por via terrestre – o mesmo meio pela qual saíram ilegalmente do país em Janeiro para que pudessem ser expostas e levadas à praça nos dias 4 e 5 de Fevereiro. O leilão acabou por ser cancelado por vontade de Christie’s que, depois das irregularidades apontadas pelo tribunal na expedição das obras, não quis arriscar a venda.

Na semana passada, Francisco Nogueira Leite, presidente da Parvalorem e da Parups (sociedades criadas no âmbito do Ministério das Finanças para recuperar créditos do BPN e por isso proprietárias legais das obras), anunciou no Parlamento que as obras regressariam a Portugal esta semana, “ainda que não houvesse essa necessidade formal”. As obras voltaram para que desta vez se possam seguir todos os procedimentos a que um novo leilão obriga. Expor as obras em Portugal antes de serem vendidas não está em cima da mesa.

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