Cavaco destaca dez avaliações positivas da troika e desvaloriza falhas

Presidente da República está de visita aos Estados Unidos.

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Cavaco Silva também deixou um recado à comunicação social, dirigido às televisões Pedro Cunha

O Presidente da República destacou nesta quarta-feira o facto de Portugal já ter conseguido dez avaliações positivas da execução do programa de ajustamento, desvalorizando as falhas que sempre são apontadas pelas entidades internacionais.

"O que vale a pena sublinhar é que Portugal já conseguiu 10 avaliações positivas da execução do programa de ajustamento, está em curso a 11.ª, que também espero que obtenha uma avaliação positiva e, dentro de pouco mais de dois meses, chegou ao fim esse nosso programa negociado em 2011 com as entidades internacionais", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas em São Francisco, nos Estados Unidos da América.

Questionado sobre o que quis dizer na terça-feira à noite, quando afirmou que os compromissos assumidos com a troika foram "quase integralmente cumpridos", Cavaco Silva explicou que falava do facto das autoridades internacionais mencionarem em todas as avaliações à execução do programa de ajustamento falhas em algum ponto.

"O que eu disse é aquilo que resulta das avaliações muito positivas que têm sido feitas ao cumprimento no nosso programa de assistência económica e financeira, em que as entidades internacionais sempre mencionam que falta este ponto ou falta outro, embora nalguns casos as autoridades portuguesas não concordem com eles, outras vezes sejam apenas pontos menores", adiantou, apontando como exemplo atrasos nos pagamentos feitos por hospitais.

O chefe de Estado foi ainda questionado sobre o facto de o período eleitoral que se está a aproximar em Portugal poder dar azo a alguma demagogia que acabe por atrasar o país no caminho que tem pela frente, mas Cavaco Silva escusou-se a fazer qualquer comentário, alegando que quando está no estrangeiro não faz declarações sobre a situação política do país.

A troika - composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu (BCE) - regressou a Lisboa na semana passada para a 11.ª avaliação regular ao resgate português, a penúltima do actual programa, e em cima da mesa de negociações vão estar, entre outras, medidas permanentes de reforma das pensões.

 

 

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