Confederação das associações de família promete soluções "criativas" para apoiar a natalidade

Direcção da CNAF está convicta de que a promoção da natalidade não tem de passar "por um esforço económico que o país não pode suportar".

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Em 2010, nasceram 1.952 bebés com recurso à PMA, mas dados de 2011 já revelam diminuição PAULO PIMENTA

A direcção da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF) prometeu nesta segunda-feira contribuir com sugestões “criativas” e "de concretização dependente apenas de vontade política” para o desenho do plano de incentivo à natalidade prometido por Pedro Passos Coelho no congresso do PSD.

“Estamos convencidos de que para acabar com o chamado inverno demográfico não tem necessariamente de ser feito um esforço económico que, nesta fase, o país não pode suportar. É por isso que vamos colaborar na procura de soluções alternativas e eficazes nas áreas da Fiscalidade, da Educação e da Saúde”, disse ao PÚBLICO o secretário-geral da CNAF, Hugo Oliveira.

Aquele dirigente não se quis "adiantar" à comissão de estudos criada esta segunda-feira pela CNAF para reflectir sobre o assunto, que será integrada, entre outros, pelo médico Daniel Serrão e pelos fiscalistas Paulo Marques e Amândio Alves. Adiantou, ainda assim, que considera que não são incentivos esporádicos, como os concedidos por alguns municípios, que “resolvem o problema de fundo”. “As famílias precisam de estabilidade, de segurança”, disse.

Neste domingo, no congresso do PSD, Passos Coelho anunciou a criação de uma comissão multidisciplinar, chefiada por Joaquim Azevedo, da Universidade Católica, para, em três meses, preparar um plano de acção na área da natalidade. Hugo Oliveira sublinhou que apesar da intenção de reunir especialistas e de ouvir outros a intenção da CNAF não é substituir-se àquela comissão, mas de "contribuir para o seu sucesso".

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