Porta-voz do PSD relativiza regresso de Relvas

Marco António Costa sugere que o ex-ministro será apenas mais uma voz e uma opinião no conselho nacional.

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O porta-voz e coordenador da comissão política do PSD, Marco António Costa, declarou este domingo que a entrada de Miguel Relvas para o conselho nacional – uma escolha pessoal do líder social-democrata que foi mal recebida por muitos militantes e dirigentes nacionais – deve ser encarada como "um contributo para a estratégia do partido" e que o ex-ministro "faz parte da história do Partido Social-Democrata".

“O conselho nacional é um órgão que reúne várias vezes ao ano e ele, com a sua opinião, também poderá dar um contributo relativamente à estratégia e à vida do partido”, disse Marco António Costa. Convidado pelos jornalistas a comentar o regresso do ex-ministro-adjunto dos Assuntos Parlamentares à direcção do partido, o também vice-presidente do PSD tentou desvalorizar a polémica que se instalou no segundo dia do congresso do Coliseu.

“O que eu queria sublinhar não é uma pessoa ou outra pessoa, por muito importante que ela possa ser dentro ou fora do partido, mas o conjunto do trabalho que aqui foi feito por ex-líderes, actuais dirigentes, militantes, apoiantes, funcionários, todo um conjunto de pessoas que deu ao país uma imagem que o PSD é um partido livre, preparado para os combates por Portugal”.

Quanto à intervenção que o ex-líder do partido, Marcelo Rebelo de Sousa fez sábado no congresso, que mesmo sem falar no assunto, acabou por colocar em cima da mesa a questão das presidenciais - depois da polémica suscitada pela moção de Pedro Passos Coelho relativamente ao perfil de um futuro candidato Presidência da República -, o porta-voz do partido respondeu que Marcelo “poderá ser tudo aquilo que ele quiser”.

“Tenho a maior admiração pessoal pelo Marcelo Rebelo de Sousa, é uma personalidade incontornável da nossa sociedade, tem qualidades extraordinárias. Julgo que ele poderá ser aquilo que ele quiser”. E estendeu o elogio aos restantes presidentes. “Todos os nossos ex-líderes são pessoas com extraordinárias qualidades”.

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