Frasquilho avisa que o PS "não fará diferente" quando for Governo

Vice-presidente da bancada parlamentar do PSD foi ao congresso do partido dizer que Portugal deixará a fase de ajustamento "de forma favorável, com ou sem programa cautelar".

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Miguel Manso

O deputado do PSD Miguel Frasquilho garantiu neste sábado ao congresso do partido que os socialistas "nunca teriam feito muito diferente" o ajustamento da economia. E pediu aos portugueses para acreditarem que os socialistas "também não farão" nada de substancialmente diferente "quando chegarem ao poder".

Numa intervenção em que fez um balanço do programa de ajustamento e perspectivou a situação económica e financeira do país nos próximos anos, o vice-presidente da bancada social-democrata sustentou que Portugal tem de continuar a "consolidação orçamental e irá estar sujeito a rigorosa vigilância do Banco Central Europeu, independentemente de sair com ou sem programa cautelar até reembolsar 25% dos empréstimos dos credores oficiais, o que ocorrerá em 2030". Se o rigor orçamental é para manter nos próximos anos, o deputado lança um apelo: "Não acreditem naqueles que dizem que fariam diferente". O mesmo defende para o caminho trilhado até aqui. Salientando os resultados das contas públicas de 2013 - sem os efeitos temporários - são "melhores do que o esperado", Miguel Frasquilho afirmou que o PS "nunca teria feito muito diferente" e que "não o fará quando chegar ao poder". "Esperemos que seja daqui por muitos anos", comentou. 

Assumindo que foram cometidos "erros" ao longo dos últimos dois anos, o deputado referiu que os resultados apontam para uma perspectiva optimista. São "boas notícias que nos permitem dizer que vamos sair de forma favorável do programa de assistência financeira, com ou sem programa cautelar", disse.

O parlamentar lembrou que este é o último congresso ordinário dos sociais-democratas antes das europeias de 25 de Maio, das legislativas de 2015 e das presidenciais de 2016. E estabeleceu um horizonte. “Ambicionamos naturalmente vencer todos estes actos eleitorais, quer directamente quando vamos a votos, quer apoiando um candidato ganhador no caso das presidenciais”, referiu, defendendo que o partido tem condições para o conseguir, porque “tem tomado as opções corretas e feito o melhor pelo país”.

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